Buriticupu

Desmatadores tentam fugir com madeira

Assim que fiscais deixam a cidade, caminhões com toras voltam a circular.

Dennis Barbosa/ Globo Amazônia

Atualizada em 27/03/2022 às 13h08

BURITICUPU - Na Amazônia, quando a fiscalização está por perto, é comum os infratores ambientais agirem à noite para explorar a floresta ilegalmente. Foi o que aconteceu na Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão, que fica numa região que é alvo de operação do Ibama, Polícia Federal e Força Nacional de Segurança desde julho.

Nesta área, na Reserva Gurupi e em terras indígenas próximas, ficam os últimos resquícios de floresta amazônica do estado.

A operação estava até recentemente concentrada no município de Buriticupu, onde fechou 29 serrarias com irregularidades.

Como explica o coordenador Waldivino Gomes, durante esse período, a exploração ilegal de madeira na reserva ficou parada. No entanto, assim que os agentes voltaram à base do Ibama em Santa Inês, mais afastada da Reserva Gurupi, a movimentação de caminhões com toras na madrugada aumentou.

Numa ação na noite do dia 24 para o 25, três caminhões com 40 metros cúbicos de madeira sem documentação foram flagrados pelos fiscais. “Caracterizamos o furto em função da rota. Não há madeira em outro local além da reserva”, explica Gomes. Segundo o fiscal, combater o crime ambiental à noite é mais complicado: “Eles (os infratores) têm muito mais conhecimento do local do que a gente”.

O furto de madeira na região, uma das mais afetadas pela exploração ilegal da floresta amazônica, vem sendo denunciado pelos leitores do Globo Amazônia há algum tempo. “Gostaria de chamar a atenção para a cidade de Buriticupu, onde os madeireiros, agora que passou o periodo das chuvas, voltaram a desmatar a Reserva Gurupi", alerta um leitor.

"É só chegar a madrugada que se percebe frotas de caminhões chegando nas serrarias da cidade carregados com toras provenientes da dita reserva. É necessário que se tomem medidas urgentes antes que tudo seja destruído por exploradores ilegais que se importam apenas em riqueza”, escreveu o internauta, em junho, antes da passagem da operação de fiscalização no local.

(Foto: Editoria de Arte/G1

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