Abastecimento

Caema interioriza ações e vai beneficiar municípios

A meta da Caema é intensificar a política de interiorização para melhorar a qualidade de vida da população do interior maranhense.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h10

SÃO LUÍS - A Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (Caema) começará em setembro a obra do esgotamento sanitário nos municípios de São José de Ribamar, Itapecuru-Mirim, Pinheiro e Açailândia, que dispõem hoje de sistema individual de fossas.

A meta da Caema é intensificar a política de interiorização para melhorar a qualidade de vida da população do interior maranhense.

Serão iniciadas, também em setembro, as obras para ampliação do sistema de abastecimento de água em Santa Luzia. Segundo informações do superintendente regional da Caema, Felipe Pinheiro Fernandes, o município encontra-se com problemas na área de produção, em decorrência da falta de manutenção dos poços e ainda pelo soterramento da maioria deles.

“Outro fator que agravou a situação da produção de água nesse município foi o período das chuvas”, lembrou o superintendente.

Recursos

Os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para execução dessas obras, serão investidos pela companhia em redes coletoras de esgotos, ligações prediais, estações elevatórias, estações de tratamento de esgotos e implantação do sistema de abastecimento de água. A previsão é que sejam concluídas em até 14 meses.

Para o presidente da Caema, João Reis Moreira Lima, essa realização contribuirá para elevar o percentual de habitantes no interior do Maranhão beneficiados com serviços públicos de saneamento básico, melhorando as condições de saúde, a qualidade de vida das pessoas e a preservação do meio ambiente, além de contribuir para dar um novo impulso à economia, por meio da geração de emprego.

Muito otimista, o diretor de Projetos e Obras da Caema, José Ribamar Fernandes, disse que a instalação do sistema de esgotamento sanitário nesses municípios será de grande relevância, já que eles dispõem de apenas sistemas de fossas individuais, o que acarreta riscos para o meio ambiente.

“A partir do momento em que as obras forem concluídas e o complexo entrar em operação, a população será beneficiada com um sistema mais seguro e confiável”, completou Ribamar Fernandes.

Os benefícios do esgotamento sanitário são conhecidos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para cada R$1,00 investido em saneamento, são economizados R$ 4,00 na área de saúde, referente a gastos no tratamento de doenças.

Monção

O município de Monção está há pelo menos dois meses passando por abastecimento irregular de água. A cidade é abastecida por quatro poços artesianos, porém três bombas não estão em funcionamento. Como agravante, a água que ainda existe no local é de baixa qualidade, devido o alto índice de salinidade e de coliformes fecais.

Os moradores, diante da situação, fizeram um abaixo-assinado, que reuniu cerca de 600 assinaturas para chamar a atenção. Eles também realizaram um protesto terça-feira (25) em frente ao Fórum de Justiça. Caso a situação perdure, os moradores pretendem fazer novas manifestações.

Os habitantes da cidade de Monção dependem de poços particulares, que também já estão com os níveis de água comprometidos. Além disso, afirmam que os poços existentes foram perfurados sem haver estudo prévio, logo, foram escavados em locais onde o índice de salinidade é muito alto, fato que compromete a qualidade da água.

Doença

Segundo a juíza Ticiane Gedeon Palácio, desde 2005 o município passou a ter problemas graves com o fornecimento de água. Em inspeção da Vigilância Sanitária, realizada em 2007, foi detectado que a água da cidade é imprópria para consumo.

“É comum ter pessoas doentes aqui por causa da água. Ela é barrenta, salgada e, por isso, oferece sérios riscos à saúde. Esta situação já se prolongou demais. Tem que ser resolvida o mais rápido possível”, avaliou Ticiane Palácio.

Mais

- O Ministério Público estabeleceu um prazo de 80 dias para a implantação de uma estação de tratamento, mas até o momento, a Caema apenas se comprometeu com a população em repor uma das bombas danificadas.

- A Caema está estudando a possibilidade de perfurar novo poço ou dar vazão aos já existentes.

Sistema de água em Montes Altos vai melhorar

Montes Altos

A Companhia de Água e Esgoto do Maranhão (Caema) deverá iniciar a partir da segunda quinzena do mês de setembro a perfuração de um poço de grande profundidade, para garantir maior vazão de água e a implantação da rede que atenda a população de Montes Altos.

A informação é do prefeito Valdivino Rocha, que foi a São Luís viabilizar recursos na Caixa Econômica Federal. O prefeito desembarcou no início da semana no aeroporto de Imperatriz para acompanhar a comitiva da governadora Roseana Sarney.

O prefeito, acompanhado de assessores, visitou no mês passado o presidente da Caema, João Reis Moreira Lima, e expôs a precariedade do sistema de abastecimento de água que tem afetado todos os moradores do município.

Problemas

Na ocasião, Valdivino Rocha ressaltou que o município enfrenta esse problema há muitos anos, mas que agora espera encontrar soluções imediatas para que a população de Montes Altos deixe de sofrer com a falta de água. “A Caema deverá iniciar a obra em setembro, pois o processo de licitação foi concluído”, informou o gestor.

Segundo o prefeito, existem recursos do Orçamento Geral da União destinados a Montes Altos desde 1998. Na época, foi firmado um convênio, mas a Prefeitura não executou as obras, ficando inadimplente.

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