Fraude?

UFMA poderá anular concurso para professor de farmácia

A reitoria da universidade mandou apurar a possibilidade de fraude no seletivo.

Jornal O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h21

SÃO LUÍS - Uma denúncia de fraude pode anular o concurso para professor substituto do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que teve a prova didática realizada sábado passado. O reitor Natalino Salgado determinou a apuração do caso e disse que, se confirmada a fraude, o seletivo será anulado.

A denúncia foi formulada pela professora doutora Flávia Maria Mendonça do Amaral. Segundo ela, o único candidato do concurso, Rafael Mota Pinheiro, foi prejudicado nas duas avaliações (escrita e didática) por uma das integrantes da comissão. A banca foi formada por três professores doutores: a denunciante, a presidente da comissão, Maria Esther Candeia Valois (UFMA), e o professor convidado Saulo Rios Mariz, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

De acordo com Flávia Amaral, Rafael Pinheiro é farmacêutico-bioquímico formado pela Universidade Estadual de Londrina, com mestrado em Farmacologia pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O candidato obteve notas superiores a oito, por dois examinadores da banca, nas duas avaliações. “Nos surpreendemos com as notas lançadas pela presidente da comissão que foram inferiores a quatro, sendo na prova didática um”, afirmou.

Como protesto, a pofessora recusou-se a assinar a ata, um documento necessário para dar legitimidade ao processo. “Não serei conivente com esta fraude e irei recorrer à Procuradoria Jurídica da UFMA para tomar as providências necessárias”, disse a professora doutora.

O reitor, ao ser informado sobre a denúncia, se disse indignado com a situação e determinou que os setores competentes da UFMA sejam rigorosos na apuração dos fatos. Ele afirmou que não aceitará qualquer tipo de fraude nos processos seletivos da universidade. “Nossa instituição primará pela ética, pela equidade, pelo saber, pela clareza e transparência dos concursos públicos. Iremos tomar as medidas jurídicas, administrativas e pedagógicas que forem necessárias para dar dignidade aos docentes da nossa universidade e, se for necessário, iremos anular não apenas este, mas quantos processos irregulares forem identificados em nossa instituição. Não vamos tolerar quartéis de empregos e, sim, garantir a lisura e a retidão de nossas ações”, garantiu Natalino Salgado.

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