Instabilidade

Santa Luzia está há meses sem delegado

O delegado da Polícia Civil descarta a possibilidade de ocorrerem novos atos de violência e depredações no município.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h23

SÃO LUÍS - Desde a última quinta-feira, o delegado da Polícia Civil Paulo Moreira preside o inquérito instaurado em Santa Luzia para apurar os mandantes e autores do incêndio criminoso que destruiu os prédios do Fórum de Justiça, da Prefeitura e da Câmara Municipal. O delegado foi designado para o caso pela Superintendência de Polícia Civil do Interior. Ele e um escrivão chegaram ao município cinco dias após os atos de vandalismo.

“Vim para apurar o fato do incêndio e se houve omissão na atuação da Policia Militar. Tenho um prazo de 10 dias para concluir o inquérito, que foi instaurado no dia 2 de janeiro”, explicou do delegado. Santa Luzia está há seis meses sem delegado de polícia. O titular do cargo, Ernane Sá, está licenciado.

O delegado Paulo Moreira vai requisitar nesta semana a liberação do local do crime. Os escombros dos edifícios do Fórum e da Prefeitura eram guardados por dois policiais, mas houve violação do local. “Caso seja necessário um complemento pericial, a perícia não terá como fazê-lo. O local foi violado. Os três deputados que estiveram aqui na quinta-feira, por exemplo, entraram nos prédios. A área não foi preservada”, contou Moreira.

DIFICULDADE

O chefe do inquérito revelou que tem encontrado dificuldades para colher os depoimentos das pessoas supostamente envolvidas e das testemunhas. “As pessoas tem um receio grande de entrar na delegacia. Existe o medo de serem presas, e não querem ser apontadas como delatoras. Elas também temem sofrer represálias devido à instabilidade do quadro político. Temos colhido muitos depoimentos espontâneos”, contou Moreira.

O delegado da Polícia Civil descarta a possibilidade de ocorrerem novos atos de violência e depredações no município. “É pouco provável que atos como aqueles voltem a serem praticados. A decisão judicial de decretar as prisões, estancou essa possibilidade. As prisões efetuadas serviram de exemplo, elas ajudam a coibir o vandalismo”, disse Moreira.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.