Queimadas

Maranhão concentra 45 mil focos de incêndio

período de queimada para a colheita manual da cana-de-açúcar, o INPE registra mais de 380 mil focos de incêndio fora de controle, no país.

Sidney Pereira / Jornal Hoje

Atualizada em 27/03/2022 às 13h26

BURITI - No interior do Maranhão, os sertanejos cultivam um costume perigoso, usando tochas para incendiar a floresta. O perigo aumenta com o vento e o calor na região.

Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) rastrearam este ano 388 mil focos de incêndio no país, 45 mil só no Maranhão. O fogo sem controle se espalha com rapidez na mata.

Não existe brigada contra incêndio na maioria dos municípios maranhenses; são os próprios trabalhadores que têm que controlar o fogo. Seu Antônio Vieira, de 78 anos, enfrenta a fumaça tentando combater o avanço das chamas. “Os olhos ficam vermelhos, dói a cabeça”, ele reclama.

As queimadas atormentam os criadores, que precisam redobrar a vigilância. “O fogo queima a terra de trabalho, o pasto. A gente tem que prestar muita atenção para não ficar perdido”, diz o criador Francisco Vieira.

Em Ribeirão Preto (SP), cidade que é a maior produtora de cana do país, um acordo assinado entre governo e produtores antecipa de 2021 para 2014 o fim das queimadas nas lavouras. Só metade da colheita nos canaviais paulistas é feita manualmente, com o uso de fogo.

No Nordeste, os incêndios ainda tiram o sono de quem vive em casebres de palha. A agricultora Maria Inalda Fernandes perdeu a casa e tudo o que tinha dentro após a passagem do fogo. “Quando você pensa que não, o fogo pega a casa. A faísca pode voar de longe”, ela diz.

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