Chapadinha

Produtos de mandioca ampliam renda de comunidade

TV Mirante Chapadinha

Atualizada em 27/03/2022 às 13h27

CHAPADINHA - No Cerrado maranhense, a primeira participação na Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária é motivo de orgulho para as 20 famílias da Associação de Moradores da Vila União, localizada no município de Chapadinha. A exposição e a comercialização de produtos derivados da mandioca no maior evento da agricultura familiar brasileira, de 26 a 30 de novembro, no Rio de Janeiro, é a consolidação de mais uma etapa do projeto que, ao aliar produção orgânica e tecnologia, transformou o cultivo em atividade sustentável que gera renda para a comunidade.

A produção artesanal de farinha norteou a vida das famílias da Vila União até 2004, quando os moradores começaram a implantar um projeto de mandiocultura com a orientação de técnicos do Embrapa.

Um dos orgulhos da associação, que está entre os 14 grupos que representarão o Maranhão na Feira Nacional da Agricultura Familiar, é a agroindústria com capacidade instalada para produzir 1,5 mil quilos de farinha de mandioca/dia, que substituiu uma antiga casa de farinha. Construída com auxílio de parcerias, “é a única agroindústria desse porte no município”, explica o agrônomo e consultor do Sebrae Ronnes Tony Oliveira Araújo.

O impulso decisivo à estruturação produtiva veio com o Crédito Fundiário. “Com o crédito, a terra passou a ser nossa, e a gente pôde plantar o que queríamos: a mandioca”, explica Antonio Abreu. O Crédito Fundiário também permitiu a construção de um poço artesiano e de uma horta irrigada na comunidade.

A mudança se materializa em números. Hoje, a comunidade cultiva 20 hectares de mandioca, o que rende uma produção de aproximadamente 40 toneladas de farinha por safra. E a meta é a ampliar a área plantada para 30 hectares no próximo ano.

A comercialização da farinha de mandioca produzida em Vila União é restrita ao município de Chapadinha. Mas Ronnes Araújo aposta na ampliação deste mercado. “A comunidade tem hoje uma farinha melhorada, classificada, com embalagem própria e vai mostrar isso na Feira. Além de dar visibilidade ao produto, esta será também uma oportunidade de comercialização. A Feira vai nos abrir novos mercados”, aposta.

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