SÃO LUÍS - O presidente do Consórcio Estreito Energia (Ceste) vai antecipar em dois anos o início das operações da maior hidrelétrica em construção no País, com potência de 1.087 megawatts (MW). Segundo o presidente da companhia, José Renato Ponte, a primeira turbina da usina de Estreito começa a gerar energia em setembro de 2010. O cronograma anterior previa início das operações em setembro de 2012. Segundo a empresa, as obras estão andando mais rápido do que o previsto.
O empreendimento, de R$ 3,6 bilhões, está localizado no rio Tocantins, divisa entre os municípios de Estreito (MA), Palmeiras dos Tocantins e Aguiarnópolis no Tocantins, pouco mais de 600 quilômetros ao sul de São Luiz. O consórcio responsável pela obra é liderado pela belga Suez Energy International e tem participação da Vale, da Alcoa e da Camargo Corrêa Energia.
A Suez vendeu sua parcela na energia gerada, em torno dos 40%, no último leilão de energia nova do governo, para entrega a partir de 2012. Ponte não soube informar o que a companhia deve fazer com a energia gerada entre 2010 e o início da vigência do contrato já assinado. As outras sócias são grandes consumidoras de energia e devem usá-la para suprir suas próprias necessidades.
Segundo o cronograma original, estabelecido à época do leilão da usina, em 2002, Estreito deveria entrar em operação em meados de 2008. Os prazos, porém, foram revistos devido às dificuldades na obtenção de licença ambiental. Ponte disse que o processo de licenciamento durou cinco anos, entre idas e vindas nas relações com o Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com a Fundação Nacional do Índio (Funai).
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