Buriticupu

Promotoria pede prisão preventiva de agentes

Imirante

CCOM-MPMA

Atualizada em 27/03/2022 às 13h37

BURITICUPI - O Ministério Público do Maranhão ofereceu denúncia à Justiça contra o delegado de Polícia Civil Praxísteles Martins Carlos dos Santos, o carcereiro Flávio Ferreira Viana Oliveira, e os agentes de polícia José Raimundo do Nascimento Nunes e Gutemberg Sousa da Silva. Também foi denunciado Edinaldo Marinho dos Santos, que não possui profissão definida.

Eles são acusados de prática de tortura contra um menor de 18 anos, cometida no fim do ano passado, no município de Buriticupu. Foi solicitada, ainda, a prisão preventiva de Praxísteles Martins Carlos dos Santos, Flávio Ferreira Viana Oliveira e Gutemberg Sousa da Silva.

De acordo com o promotor de justiça Gustavo de Oliveira Bueno, autor da denúncia, os denunciados portando armas de fogo, mediante violência e grave ameaça, constrangeram a vítima, menor de 18 anos, com o objetivo de obter confissão de um possível furto de um aparelho celular, de propriedade do denunciado Edinaldo Marinho dos Santos. O fato ocorreu em 11 de dezembro de 2007, tendo causado sofrimento físico e mental ao adolescente.

É importante destacar que o delegado Praxísteles Martins Carlos dos Santos possui histórico de envolvimento em delitos de abuso de autoridade e improbidade administrativa, possuindo antecedentes judiciais na comarca de João Lisboa, na qual responde a cinco ações penais e uma ação civil pública. Ele também permitiu ao carcereiro Flávio Ferreira Viana Oliveira, que não é policial, portar arma de fogo.

Segundo a denúncia oferecida em 30 de abril deste ano, o delegado não tomou as providências para apurar a tortura, mesmo depois de o menor de 18 anos ter apresentado os hematomas e as marcas da violência. Além disso, não expediu a guia para a realização do exame de corpo delito, o que foi concedido somente mediante requisição do MPMA.

Preventiva

Gustavo de Oliveira Bueno justificou o pedido de prisão preventiva dos acusados para garantir a integridade física das vítimas e das testemunhas, assim como pela garantia da instrução criminal. Ele enfatizou a necessidade da detenção do delegado Praxísteles. "A liberdade do delegado ameaça consideravelmente a ordem pública e social tendo em vista a interação dos praticados, atingindo a liberdade das pessoas e o princípio da dignidade da pessoa humana", declarou o promotor de justiça.

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