SÃO LUÍS - O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão prevê aumento de preços para o diesel até o fim desta semana, enquanto o da gasolina deverá permanecer os mesmos. A expectativa é que o reajuste do diesel chegue em 8,8%, nas bombas, o que significaria R$ 0,15 ao consumidor final. Consumidores ouvidos por O Estado ficaram divididos sobre a expectativa de um reajuste ou não da gasolina (ver enquete).
O vice-presidente do sindicato, Márcio Libério, explicou, com base em informações nacionais, que o aumento do preço da gasolina será de 10% nas refinarias, mas não chegará ao consumidor final, pois o governo reduzirá a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), o PIS/Cofins e o ICMS. Já o reajuste para o óleo diesel vai ser maior, de 15% nas refinarias e não haverá redução de impostos pelo Governo Federal.
“Acreditamos que a tabela da gasolina não sofrerá reajuste de preços, em função da não cobrança, pelo Governo Federal, de alguns impostos, mas o diesel deve ficar mais caro ao consumidor final, já que não houve esse alívio tributário nas negociações entre Governo e refinarias”, confirmou Márcio Libério.
Atualmente, o litro da gasolina comum varia de R$ 2,60 a R$ 2,799 e o do diesel, de R$ 1,74 a R$ 1,94, em postos de São Luís.
A Petrobras confirmou o início da validade do aumento nas refinarias a partir de zero hora de hoje, 2 de maio. De acordo com a empresa, o reajuste foi definido levando em consideração o novo patamar de preços do petróleo no mercado internacional - que atualmente oscila bem acima de US$ 100 por barril - em uma perspectiva de médio e longo prazos.
O impacto zero nos postos de gasolina ao consumidor será possível, segundo o governo, graças à redução, de R$ 0,28 para R$ 0,18, do Cide por litro do combustível. Mas há donos de postos que não descartam repasse ao consumidor (ver matéria correlata).
Já o encarecimento do diesel nos postos se deve ao fato de a redução da Cide ter sido de R$ 0,07 para R$ 0,03 por litro. Mas a alta na bomba poderá ser ainda maior em alguns estados, dada a diversificação das alíquotas do ICMS. Sem contar que o preço é livre no varejo.
Ao diminuir a Cide, o governo acredita que neutralizará o impacto inflacionário na gasolina. Já o aumento de 15% no diesel terá uma incidência bem menor na inflação, segundo o governo.
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