SÃO LUÍS - A Justiça decretou a prisão temporária de Namara Silva Sales e o mandado de busca e apreensão em sua residência. A Polícia cumpriu a determinação do Judiciário e prendeu no último sábado (22), a suspeita no município de Pedreiras.
Ela é acusada de matar o próprio marido, o empresário Francisco Silva Luna, conhecido como Fernando. O crime ocorreu na madrugada do dia 12 de outubro de 2007, na cidade. Ele estava dormindo em sua própria residência quando foi morto. Na épooca, a população ficou abalada pelo fato do empresário ser respeitado e bem sucedido nos negócios.
Na primeira conversa com a Polícia, a mulher do empresário contou que no momento do crime estava num dos quarto da casa com os dois filhos, um menino de cinco anos e uma menina de três, acessando internet quando fora abordado por dois elementos. Ela declarou que foi obrigada a abrir o cofre existente no interior da casa e entregar todo o dinheiro, que segundo Namara, o equivalente a cerca de R$ 30 mil. Disse que um dos homens foi ao quarto em que o seu marido estava e o alvejou com três tiros, sendo um na cabeça e os outros dois no peito. "Gritei desesperadamente e uma vizinha veio me socorrer e chamamos a Polícia", ressaltou.
O delegado da Regional de Pedreiras, Cláudio Mendes, responsável pela investigação do crime, disse que a princípio a versão contada pela mulher do empresário parecia verdadeira. Diante de boatos na cidade que Namara tinha um relacionamento com o carioca Cláudio Nunes do Nascimento fez a polícia mudar de foco.
A mulher do empresário foi intimada outra vez para falar sobre o namoro com Cláudio. Ela negou que tivesse algo com o acusado. Disse apenas que havia o contratado para ser motorista dela em virtude de não saber dirigir, pois precisava de fazer viagens para tratar de negócios deixados pelo marido. Ao perceber que Namara estava sendo pressionada, Cláudio resolveu fugir de Pedreiras.
As investigações continuaram e a polícia descobriu que Cláudio morava na Rocinha, no Rio de Janeiro, e estava separado da esposa. Ele teria chegado na cidade de Pedreiras um dia antes de acontecer o assassinato do empresário. Depois de várias investigações veio a constatação de que os dois realmente namoravam e que tudo havia começado pela internet, através de sites de relacionamentos.
O delegado encaminhou documento exigindo a prisão temporária do casal ao Ministério Público e foi acatado pela Justiça. Namara foi presa e teve o computador apreendido. Em novo depoimento, ela confessou ser namorada de Cláudio, mas negou qualquer envolvimento na morte do marido. O outro suspeito está foragido, mas a polícia já tem informações de que ele tem passagens por delegacias do Rio de Janeiro e da Paraíba, por envolvimento com roubo de moto e brigas.
Testemunhas contaram que logo após a morte do empresário, Cláudio passeava pelas ruas da cidade no veículo da vítima e ainda fazia farras com os amigos. Chegou a comprar um veículo Corsa à vista no valor de R$ 19 mil. Ele chegou a disparar vários tiros pelas ruas de Pedreiras e fazer cavalo de pau em um carro completamente embriagado. A Polícia acredita que o revólver utilizado na baderna pertencia ao empresário e teria sido o mesmo usado para executá-lo.
Apesar de todos os indícios do envolvimento do casal no assassinato do empresário, o delegado Cláudio Mendes afirmou que o crime é bastante complexo por não possuir prova testemunhal.
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