PEDREIRAS - Trinta estudantes do município de Pedreiras continuam revoltados com a Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Eles reclamam da demora no início das aulas do curso de Direito, previsto para o início de março do ano passado.
Segundo os universitários, aprovados no último processo seletivo, realizado no início de 2007 pela instituição, as aulas já teriam sido transferidas para duas datas diferentes, que não foram cumpridas pela universidade.
“Somente para o curso de Direito, dos campi de Bacabal e Pedreiras, serão oferecidas vagas para o primeiro semestre letivo do ano de 2007”, diz o item 1.4, do Edital 010/2006/Prog/Uema.
Apesar de acionar o Ministério Público local, que notificou imediatamente a instituição, os alunos ainda aguardam a manifestação da universidade. Eles prometem entrar com uma ação civil pública contra a instituição, caso não seja cumprida a notificação.
“Os alunos começaram a chegar a Pedreiras por volta do mês de janeiro e fevereiro. Vários deles alugaram casas aqui no município e abandonaram seus empregos em suas cidades de origem. A universidade já adiou por duas vezes o início das aulas. No próximo mês, essa agonia vai completar um ano e até agora a Uema não cumpriu com sua obrigação”, explicou, revoltado, o candidato Herbeth de Tácio Rodrigues (30), um dos líderes da comissão de protesto no município.
Depois de várias tentativas de contato com a direção da Uema, os estudantes de Pedreiras ainda não obtiveram resposta sobre o rumo do processo seletivo. Eles acusam a universidade de negligenciar o curso de Direito, assegurado em edital, elaborado pela própria instituição.
“Nós já tentamos várias vezes conversar com a universidade, mas eles não dão nenhum tipo de informação. Em novembro, tivemos uma reunião com a reitoria, onde foi feito um acordo de que o curso seria transferido para a capital e, até agora, nada. A Uema simplesmente negligencia o curso de Direito em Pedreiras, oferecido por ela própria. Nós fizemos as provas, fomos aprovados, e temos que fazer cumprir os nossos direitos”, protestou Herbeth de Tácio Rodrigues.
Além de acertada a transferência do curso para São Luís, ainda no mês de novembro último, a instituição teria prometido uma ajuda de custo no valor de R$ 450,00 por causa do deslocamento. Depois de não cumprir o prometido, a Uema ainda teria adiado novamente o início das aulas para depois do Carnaval.
“Com o fim da nossa paciência, estamos nos mobilizando para entrarmos com uma ação na Justiça, pedindo que a Uema e o Estado, dentro da sua incapacidade de gerenciar essa situação, nos pague uma faculdade particular e nos indenize por danos morais e materiais”, finalizou o estudante.
Segundo a Pró-Reitoria da Uema, as primeiras disciplinas do curso de Direito já estão sendo preparadas para que as aulas comecem ainda este semestre, em São Luís, como foi acordado em reunião com os candidatos do município de Pedreiras. A Pró-Reitoria informou ainda que os atrasos ocorreram apenas por conta de convenções burocráticas entre setores estaduais e federais que validam o desenvolvimento do curso.
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