Meio Ambiente

Conservação é prioridade em Estreito

A preservação da vegetação e flora nativas também é prioridade.

Atualizada em 27/03/2022 às 13h44

SÃO LUÍS - A preservação da vegetação e flora nativas também é prioridade no projeto de implantação da Usina Hidrelétrica Estreito. Com esse intuito, a UHE Estreito contratou a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia/Cenargen, para realizar o programa de inventário florístico e o resgate de germoplasma nos municípios da área de abrangência da hidrelétrica.

As primeiras atividades do programa, que começaram a ser planejadas antes do início da construção da Usina, agora, entram para a fase de campo, com o levantamento das espécies ocorrentes na vegetação da área do futuro reservatório, para posterior resgate e conservação das espécies vegetais existentes e recuperação de áreas.

A coordenação do projeto está sob a responsabilidade da doutora em Botânica, Taciana Barbosa Cavalcanti, curadora do herbário da Embrapa/Cenargen (Herbário CEN). Todas as ações estão integradas aos laboratórios da Embrapa, em Brasília.

Com o resgate do germoplasma, buscamos colher amostras das espécies vegetais antes do enchimento do reservatório da Usina, garantindo a conservação da flora, das sementes e das mudas para futuros programas de revegetação local, explica o geógrafo Glocimar Pereira da Silva, da equipe de especialistas ligados ao programa.

A produção de mudas, a partir de sementes coletadas, servirá também para pesquisas científicas. Enquanto que o levantamento florístico favorecerá o conhecimento de muitas espécies vegetais, registradas em acervos botânicos, cujas informações poderão ser disponibilizadas para atividades de conservação e educação ambiental.

Para o gerente de Meio Ambiente da Usina Hidrelétrica Estreito, Marcos Duarte, as atividades do programa são decisivas para a conservação da flora, possibilitando o uso futuro de plantas nativas, por meio da produção de mudas no viveiro da Usina. Assim, o material botânico resgatado será incorporado ao herbário da Embrapa e, posteriormente, distribuído aos herbários da região e o material de sementes resgatadas será incorporado às câmaras de conservação da Embrapa/Cenargen.

As espécies resgatadas serão mantidas em câmaras frias com baixa temperatura (menos de 18 graus Celsius) e umidade controlada, para pesquisa, e as sementes serão utilizadas para formação de mudas para a revegetação da Área de Proteção Permanente (APP) do reservatório da UHE Estreito, detalha Marcos Duarte.

Entre as prioridades do programa de resgate, estão as espécies de plantas ameaçadas de extinção, endêmicas da região e aquelas com características de interesse econômico (ornamentais, medicinais, fruteiras nativas etc.), como por exemplo, o ipê e o babaçu, espécies florestais de fins comerciais, e o maracujá, de uso medicinal.

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