BALSAS - Em Balsas, a Conferência Regional de Meio Ambiente reuniu mais de 100 representantes de municípios integrantes da Região Sul do Maranhão. Além do tema “O Maranhão e as Mudanças Climáticas” - abordagem principal das conferências regionais -, também foram discutidos outros eixos temáticos como “Mudanças Climáticas e a Expansão da Fronteira Agrícola”, tema escolhido especificamente por ser o Sul maranhense considerado uma das maiores regiões de fronteira agrícola do país, principalmente para o cultivo de soja e outros grãos.
A expansão da monocultura de soja tem provocado a retirada da cobertura natural do cerrado - vegetação típica do Sul maranhense - e aumentado a utilização de tecnologias dependentes dos derivados de petróleo, altamente poluentes. “É uma situação que faz com que essa região seja incluída na relação de áreas que precisam urgentemente reduzir a sua participação na emissão direta e indireta de gases de efeito estufa”, frisou Carneiro.
Entre as muitas sugestões oferecidas pelos participantes constam desde a criação de lei federal obrigando as concessionárias de energia e de distribuição de água e tratamento de esgoto a realizar programas de educação ambiental nos municípios, até a criação de programas permanentes de capacitação para professores do ensino médio em gestão ambiental. Sugerem ainda a realização de concurso público para a Sema instalar escritórios do órgão nas mesorregiões, como forma de agilizar os procedimentos de fiscalização e operacionalização.
Os eventos regionais, cujo principal objetivo é promover a discussão visando à construção participativa da gestão ambiental no Estado, antecedem a III Conferência Estadual do Meio Ambiente, que será realizada de 27 a 29 deste mês, em São Luís. Neles são eleitos os delegados que vão participar da edição estadual, onde também serão escolhidos os representantes do Maranhão para a III Conferência Nacional do Meio Ambiente, marcada para maio deste ano, em Brasília.
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