Irregularidade

Pontes abandonadas pela Gautama podem desabar

Obras inacabadas estão no trecho da rodovia que liga Pirapemas a Coroatá.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h47

PIRAPEMAS-Duas pontes abandonadas pela Construtora Gautama desde maio do ano passado podem desabar e cortam o tráfego na MA-332, entre os municípios de Pirapemas e Coroatá. Segundo informaram vereadores de Pirapemas, os serviços foram paralisados desde que funcionários da empresa e do Governo do Estado foram presos pela Polícia Federal na Operação Navalha, acusados de desviar verbas de obras públicas.

As pontes de concreto deveriam substituir duas de madeira na MA-332. A primeira, sobre o igarapé Grande, no povoado Salgado, foi retirada e no local só foi feita a armação de concreto. A segunda – sobre o igarapé do Panaca, no povoado Panamirim -, foi substituída por uma estrutura de concreto que até hoje está sem as cabeceiras.

“Hoje, esses locais já não têm condições de tráfego. Quem precisa passar por ali tem que usar um desvio que, com as chuvas, também ficará intrafegável”, garante o vereador de Pirapemas, Henrique Santos (PV).

PREJUÍZO

O trecho onde o tráfego de veículos foi prejudicado pelo abandono das pontes abrange cerca de 30 povoados, onde residem mais de duas mil famílias. “Eu já havia apresentado na Câmara de Pirapemas uma indicação para que o Governo do Estado resolva essa situação. Quando o governador Jackson Lago esteve aqui para autorizar a recuperação da MA-332, em novembro, pedimos pessoalmente que determinasse a conclusão dessas pontes. Mas ele disse que estava esperando uma manifestação do Ministério Público sobre esse processo (da Operação Navalha)”, informou o vereador Marcos Rios (PMDB).

De acordo com a Polícia Federal, a Construtora Gautama, empresa de Zuleido Veras, atuaria infiltrada no Governo Federal e em governos estaduais e municipais em nove estados (incluindo o Maranhão) mediante pagamento de propina a servidores, políticos e ex-políticos.

A PF apresentou gravações telefônicas em que o empresário estaria negociando supostas propinas com políticos e servidores públicos, para garantir a liberação de pagamentos irregulares à Gautama, por obras inexistentes ou inacabadas.

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