Codó

Conselho debate o ensino religioso nas escolas

O conteúdo deste ensino obedecerá regulamentação dos sistemas de ensino.

Acélio Trindade, para o Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h48

CODÓ - O ensino religioso é parte integrante da formação básica do cidadão. A definição consta no artigo 33, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. O conteúdo deste ensino obedecerá regulamentação dos sistemas de ensino que, por sua vez, ouvirão entidades civis constituídas por diferentes denominações religiosas.

No Maranhão, esta entidade civil chama-se CONER – Conselho Estadual do Ensino Religioso. “O Coner é a junção de diferentes denominações religiosas com a disposição de debater a importância do ensino religioso, a aplicação, o respeito à diversidade religiosa nas escolas. Quem pode compor são líderes eclesiásticos de todas as religiões, quer sejam pastores, padres, quer sejam líderes espirituais, quer sejam umbandistas e outras religiões como os mulçumanos, os budistas também podem ter acento no Coner”, explicou o presidente do Conselho no Maranhão, pastor Darlon Frazão.

No Maranhão, assim como em outros Estados, a criação do Conselho aconteceu depois do Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso – FONAPER – realizado há cerca de 9 anos, em Santa Catarina. “Todo ano tem reunião no mês de agosto, mas naquele ano eles sugeriram que estes líderes, que lá estavam, pudessem estar criando os conselhos. Então nós já temos em vários Estados. No Maranhão tem, no Piauí tem, no Ceará e graças à Deus em muitos estados”, disse o reverendo.

Hoje no Maranhão, de acordo com o presidente do Coner, a maior discussão dos líderes eclesiásticos se dá sobre a preservação do chamado parâmetro nacional do ensino religioso. Falta conhecimento por parte dos professores. “Pouquíssimos professores, pouquíssimos líderes na área de educação tem o domínio do parâmetro nacional do ensino religioso. A proposta do CONER é fazer com que o ensino religioso seja conhecido dos professores e os professores possam tornar isso do conhecimento de seus alunos”, explicou o presidente.

Darlon Frazão entende que o problema passa também pela formação do professor, sendo este o maior problema do ensino religioso hoje no Maranhão. “O maior problema hoje seria a formação do professor. Ele tem que entender que se ele é um líder na sua igreja, na sala de aula ele é apenas um professor do ensino religioso e a grande diferença é que a igreja forma cristãos, a escola, como proposta do governo, forma cidadãos. Enquanto professor o objetivo muito maior é a alteridade, o respeito a fé do outro, e mais do que respeito a fé do outro seria este objetivo de formar cidadania”, ressaltou.

Para debater e tentar melhorar o ensino no Maranhão, Darlon Frazão, afirma que o Coner continua de portas abertas para novos integrantes. “Nós estamos aí de portas abertas para receber líderes eclesiásticos e para promover, cada dia mais, este diálogo interregiligioso, ou seja, este diálogo entre as religiões”, encerrou.

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