CODÓ - Ainda está sem data o julgamento de Eliézio Pereira Vales, vulgo Dragão, que aconteceria ontem, quinta-feira, 29 de novembro, no prédio da Câmara Municipal de Codó. Ele é acusado de estuprar e matar a garota, Márcia dos Santos Silva, de apenas 10 anos de idade, dia 04 de abril de 2006.
A juíza que presidiria o júri, Lúcia Helena Barros Helluy da Silva, explicou que a defesa entrou com um pedido de desaforamento junto ao Tribunal de Justiça do Maranhão, ou seja, o advogado de Eliézio, Luzimar Almada Viana, quer que o julgamento ocorra em outra Comarca, a de Caxias, e não em Codó onde tudo ocorreu. Mas não foi este o motivo da não realização do júri popular.“Este pedido ainda está no tribunal, pendente ainda de um julgamento, não tem efeito suspensivo, não era motivo para suspender o julgamento designado para hoje. O motivo foi exclusivamente a falta, a ausência do advogado na sessão”, explicou a juíza.
Nova data
Quanto à nova data Lúcia Helena informou que todos terão que aguardar mais um prazo. “Se vier alguma determinação, porque o realtor vai solicitar informações para que eu diga exatamente o que está acontecendo nesse processo para que ele possa apreciar a conveniência ou não de deslocar o julgamento para outra comarca e só então é que eu vou poder, novamente, constituir um conselho de sentença, convocar os jurados, fazer novas intimações para depois, novamente, designar a data”, explicou.
Caso ainda choca codoenses
O caso de Márcia do Santos Silva chocou Codó. A menina saiu de casa na tarde do dia 04 de abril do ano passado com destino à escola Almerinda Bayma, onde participaria da aula de educação física. Foi levada à um matagal nas proximidades do riacho São José por Eliézio e um comparsa dele identificado apenas como Osvaldo, que enforcou-se três dias após o crime.
A família sustenta que a menina foi forçada a consumir droga, possivelmente maconha, foi amarrada, estuprada pelos dois e porque gritava desesperadamente em função da violência sofrida, ambos resolveram degolá-la com uma faca. A mãe, Raimunda dos Santos Silva, ainda sofre. “Eu era muito feliz com meus quatro filhos e hoje me encontro só com três, levanto durante a noite para olhar eles e aí eu sinto falta dela, Eu sinto todo dia falta dela. Eu queria que ele ficasse preso para sempre”, pediu, aos prantos, a mãe de Márcia.
>b>Família indignada
Toda família está indignada com a não realização do júri. Para Adão do Nascimento Silva, pai da vítima, trata-se de uma forma de protelar o caso. “Com certeza estamos indignados, eu acho que este adiamento é para engolir hora pra quando ele for julgado passe uns dois dias preso e seja solto. A gente passa este tanto de dias esperando por um julgamento, no dia marcado, deslocasse as pessoas e na hora é adiado porque o advogado não veio”, disse o pai.
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