Bacia de Barreirinhas

Exploração de gás natural pode sair do papel

Jornal O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h50

SÃO LUÍS - O projeto de exploração de gás natural na Bacia de Barreirinhas, ameaçado por pendências ambientais, poderá finalmente sair do papel. Animados, os investidores que adquiriram áreas na região já estimam iniciar a produção a partir de meados de 2008. Os investimentos poderão chegar a R$ 26 milhões.

A projeção otimista acontece num momento em que foi fechado um calendário de licenciamento, firmado entre as empresas Engepet e Panergy, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e a Empresa Maranhense de Gás (Gasmar). A assinatura do contrato de concessão das áreas está condicionada à liberação do licenciamento.

As reservas de gás natural nos poços do campo de Oeste de Canoas, arrematado pela Engepet, por R$ 3,2 milhões, e do campo de Espigão adquirido pela Panergy por R$ 1,1 milhão, em leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em junho do ano passado, estão estimadas em mais de 460 milhões de m³, volume que poderia ser explorado por pelo menos 15 anos.

“Esta é a única opção do Maranhão, a curto e médio prazo, do estado ser suprido por gás natural, uma vez que o projeto de construção do gasoduto Meio-Norte depende agora da conjuntura da crise”, disse Normando Paz, presidente da Panergy.

O diretor comercial da Engepet, Cléber Bahia, é bem mais otimista que Normando Paz, quanto ao início de operação dos poços. Ele prevê, caso a Sema libere o licenciamento ambiental até início de 2008, que em meados do mesmo ano os campos e Oeste de Canoas comecem a produzir gás natural. A intenção da Empresa é produzir inicialmente 50 mil m³/dia de gás.

Na intervenção dos poços, ou seja, equipá-los para colocar em operação, a Engepet prevê investimentos de R$ 6 milhões. Outros R$ 6 milhões serão investidos na logística de transporte do gás de Barreirinhas até São Luís, por caminhões. “Está sendo estudada com a Gasmar a possibilidade de se construir um gasoduto para facilitar o escoamento do gás e tornar o produto mais competitivo”, observou Cléber Bahia.

Panergy

Com reservas estimadas em 289 milhões de m³, a Panergy acredita que colocará os quatro poços do campo de Espigão em operação por volta de fevereiro de 2009. É que entre o licenciamento e produção, a empresa terá que fazer intervenções nos poços e adquirir equipamentos, que nem sempre se encontram com facilidade no mercado. Os investimentos estão orçados entre R$ 14 milhões e R$ 16 milhões.

Incialmente, a Panergy deverá produzir 50 mil m³/dia de gás natural, podendo chegar a 140 mil m³/dia, dependendo da demanda. A exemplo da Engepet, o gás será transportado por carretas, tendo o setor automotivo como principal mercado.

No entanto, se for construído um gasoduto, ligando os campos de produção até São Luís, o gás natural poderá atender aos mercados comercial e industrial e até mesmo residencial.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.