BRASÍLIA - A presença de quase 200 agentes de fiscalização e policiamento em Arame, no Maranhão, no extremo leste da terra indígena Araribóia, já surte efeitos. Foram apreendidos e queimados, na última quinta-feira (15), por agentes da Polícia Federal 1.800 pés de maconha encontrados nas proximidades da Aldeia Criuli, onde vivem índios da etnia Guajajara.
Era um plantio novo, que não estava em fase de colheita, e o cacique Manoel Paranan não foi preso, mas será indiciado, informou o administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Imperatriz (MA), José Leite Piancó. A coordenação da operação havia prometido que os índios flagrados em irregularidades seriam tratados no rigor da lei.
Em ações anteriores da força-tarefa, outros 5 mil pés de maconha foram queimados. Em quase todas as aldeias dos índios Guajajara há alguns pés mas, na maioria delas, suficientes apenas para consumo próprio.
A Operação Araribóia também combate exploração ilegal de madeira e os incêndios criminosos na terra indígena. Ontem (15), foram apreendidos mais dois caminhões carregados de toras e um trator. Dez serrarias já estão lacradas nas cidades de Arame e Amarante.
Na região de Arame estão o maior número de aldeias e as áreas mais devastadas. Há indícios, ainda, da presença de traficantes e foragidos da Justiça. Nesta semana, 60 homens da Força Nacional de Segurança desembarcaram no acampamento montado pelo Exército no município, sem data para sair.
A Operação Araribóia pode ser prorrogada por tempo indeterminado e, segundo os coordenadores, é certo que não se encerrará antes de meados de dezembro.
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