Codó

Professores cobram benefícios para a categoria

O maior salário de um professor do município, que é o de quinta à oitava série, é hoje de R$ 631,54.

Acélio Trindade - Codó

Atualizada em 27/03/2022 às 13h52

CODÓ - Aconteceu nessa quinta-feira (1º) mais uma caminhada de protesto realizada pelos professores da rede municipal de Codó. A reivindicação agora começa pela efetivação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários que, segundo eles, existe desde 1997 quando ainda governava Ricardo Archer, já teria sido reavaliado este ano entre julho e agosto, mas nunca chegou a ser posto em prática.

Para o professor, Jacinto Junior, uma das perdas consideráveis, neste caso, é a salarial. O maior salário de um professor do município, que é o de quinta à oitava série, é hoje de R$ 631,54, mesmo depois do aumento dado, recentemente, pela Prefeitura de 6,5%. Exatamente R$ 30,00 a mais para alguns.

Com a efetivação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários há a expectativa de que ele ultrapasse os R$ 900,00, para não ficar abaixo do piso nacional.”O piso salarial nacional vai ser de R$ 950,00, foi aprovado agora no Congresso. No plano, se aprovado, a gente vai ter outras garantias como anuidade, um terço de férias, enfim vai melhorar consideravelmente a qualidade de nosso salário e, por conseguinte, também o nível de nossas vidas”, afirmou Jacinto.

Outro motivo da manifestação foi a realização de um concurso público. De acordo com o professor, Antonio Celso Moreira, é inadmissível a existência de mais de 500 professores contratados em Codó. É gente demais, na opinião dele, que fica a mercê de manobras políticas, justamente pela falta de efetividade no serviço público.”Esses professores estão servindo como troca de favores, isso ficou muito bem claro na eleição anterior. Nós estamos exigindo que o executivo possa cumprir com o que foi enviado para nós e para o Ministério Público que é justamente a resposta que ele (prefeito) deu que até o final deste ano, até o segundo semestre, iria realizar o concurso público e o que nos preocupa é que até agora nem sequer o edital foi publicado”, disse Antonio Celso.

Nas faixas e cartazes apresentados na caminhada estavam reclamações contra o estado precário de algumas escolas municipais. Os professores também exporam o montante de recursos federais do FUNDEB repassados este ano para Codó. ”As escolas de Codó estão péssimas, algumas não têm água, não tem zeladores, não têm merenda escolar. Se vocês forem filmar nesse momento a escola Renato Archer o muro caiu, as janelas estão quebradas, é um risco e tudo isso é verdadeiro” alertou Ronaldo Trindade, professor.

O secretário de comunicação do município, Fernando Portela, informou que na quarta-feira, 30, a prefeitura contratou a Fundação Sousândrade para realizar o estudo de implantação do Plano de Carreiras, Cargos e Salário. A conclusão sairá em 90 dias. Portela também informou que só após a implantação do Plano, se estudará a viabilidade do concurso público para preenchimento de vagas de professores.

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