São José de Ribamar

Gecoc elucida assassinato brutal de funcionário do Incra

Em fevereiro deste ano, Newton Carlos Santos Nina foi alvejado com um tiro na cabeça e em seguida teve o corpo carbonizado pelos assassinos.

Ministério Público do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h56

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR - O Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público do Maranhão elucidou um crime que aparentava ser perfeito. Trata-se da execução do funcionário do Incra, Newton Carlos Santos Nina, morto na madrugada do dia 2 de fevereiro em um matagal localizado em Panaquatira. Os autores, Alexandre Rômolo Brito Agostinho, e o irmão dele, Éderson Kleber de Souza, assumiram perante os promotores de justiça terem sido os executores de Newton e encontram-se presos a pedido do Gecoc e da 2ª Promotoria de Justiça de Ribamar.

De acordo com o promotor de justiça de São José de Ribamar, Carlos Henrique Brasil Teles de Menezes, o inquérito policial encaminhado ao Ministério Público não apontava a autoria do bárbaro crime que, à época, chocou a população de São José de Ribamar. Temendo que o crime não fosse elucidado e que o inquérito policial pudesse ser arquivado, o promotor pediu ao procurador-geral de justiça, Francisco das Chagas Barros de Sousa, o auxílio do Gecoc.

O grupo iniciou as investigações e logo desmontou o álibi dos acusados. Na época Alexandre Agostinho, conhecido como Galinha, e Éderson de Souza disseram na delegacia que estiveram com a vítima em um restaurante, mas que depois ele foi deixado em casa sem que tivessem tido contato com Newton Nina, amante de Eliana Regina de Sousa, esposa de Alexandre Agostinho, e pivor do crime. No decorrer da investigação, no entanto, o Gecoc descobriu que os Alexandre, Éderson e Newton beberam juntos durante toda a noite do dia 1º de fevereiro, véspera do crime.

Os promotores de justiça concluíram que o crime fora premeditado a 15 dias da execução. Para isso, os dois irmãos decidiram convidar Newton para beber durante toda a noite, deixando-o embriago e sem condições de reagir. Do restaurante até o local do crime, Alexandre Agostinho tentou estrangular Newton com uma corda. Quando chegaram a Panaquatira, Newton, desfalecido, foi retirado do veículo e alvejado com um tiro disparado por Éderson de Souza. Em seguida, Alexandre colocou pneus e gasolina, ateando fogo na vítima, que morreu carbonizada.

Para chegar aos autores, os promotores tiveram de realizar uma nova perícia no matagal onde o corpo foi encontrado. No local, encontram o projétil da arma de fogo utilizada por Éderson de Souza. Além disso, foi refeito todo o trajeto percorrido pelos três até o local da execução. Em depoimento prestado aos promotores nesta quinta-feira, Alexandre e Éderson assumiram o crime, uma vez que o Gecoc dispunha de todas as provas, que confirmava terem sido eles os autores da execução. A arma utilizada pelos dois irmãos foi localizada em uma lagoa no bairro do Recanto dos Vinhais. Eliana Regina de Sousa que mantinha um caso extra-conjungal com Newton também está presa preventivamente.

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