ROSÁRIO - Quem passa pela rua Urbano Santos, em Rosário, na Região do Munim, percebe mais um desperdício de recursos públicos praticado pelo Governo do Estado. O prédio da biblioteca Farol da Educação está completamente abandonado.
O local deveria ser um espaço de pesquisa para estudantes e para a comunidade em geral, mas quem ocupa o ambiente é a sujeira, o mato, fezes humanas e roupas velhas, espalhadas por toda a área interna e externa da obra pública.
O portão de entrada da biblioteca está escancarado e não há vigilante. “O senhor que trabalhava de vigia deixou de fazer o serviço porque o governo não pagava”, disse uma moradora da área, que não quis se identificar.
Parte do forro da biblioteca está desabando e algumas portas e janelas também apresentam sinais de depredação. Os fios das instalações elétricas, bem como as lâmpadas, foram roubados.
PLACA
Uma placa do Governo do Estado, fincada atrás da construção, indica o prazo para entrega da obra: 30 de junho de 2003. Mas há sinais de que, passados quatro anos, a obra não tenha sido concluída. Na parte inferior do prédio, por exemplo, o banheiro não tem vaso sanitário e nem pia.
Caso a obra tenha sido concluída no banheiro, as instalações sanitárias também foram vítima da depredação dos marginais. Na placa consta também o valor investido pelo governo na construção: R$ 134.323,69.
A única serventia do prédio até agora, conforme os vizinhos, é mesmo para a reunião de marginais da cidade. Eles usam o espaço, principalmente à noite, para se drogar. “Nós temos que ficar em casa, trancados, esperando que o governo tome uma providência”, falou a moradora.
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