SÃO LUÍS - O Programa de Controle da Dengue, da Vigilância Sanitária Municipal, registrou de janeiro até o dia nove deste mês 3.193 casos de dengue em todo o Maranhão. Uma doença que poderia ser evitada com uma simples visita de um agente de Saúde, ainda assusta em todas as regiões do Brasil. A dengue avança e provoca epidemia e mortes no Maranhão e nos outros Estados.
Com quase uma semana na enfermaria, a pequena Valéria só quer uma coisa: "Eu quero ir para casa". Ela é uma das seis crianças internadas no Hospital Universitário, em São Luís, com suspeita de dengue hemorrágica.
O garoto Felipe, de 6 meses, viajou 300 quilômetros para conseguir atendimento. A doença pegou a mãe dele, Semirames Reis, de surpresa. “A gente em casa tem cuidado, mas a gente não sabe dos vizinhos”, comenta.
A dengue hemorrágica é a forma mais grave da doença e já matou quatro pessoas no Maranhão, só este ano. O Exército foi para as ruas ajudar no combate ao mosquito transmissor. Médicos e enfermeiros que trabalham nos postos de saúde tiveram as férias suspensas.
No Brasil, já são quase 50 mil casos (49.736). A região Centro-Oeste é a mais atingida até agora, segundo o Ministério da Saúde.
Na região Sul, o número de casos praticamente triplicou em relação ao mesmo período de 2006 – de 858, em 2006, para 2.568, em 2007.
No Sudeste, aconteceu o inverso. A maior redução foi em Minas Gerais: de 10.313 para 3.704 casos em janeiro e fevereiro deste ano.
Na região Norte, só no Pará já são sete mil notificações. No Nordeste, houve aumento do número de casos na Paraíba, no Rio Grande do Norte, no Piauí e no Maranhão, onde mais de três mil pessoas já ficaram doentes. Ao todo, são 3.193 casos.
O número de notificações nesses primeiros meses de 2007 já é quase a metade do que foi registrado em todo o ano passado no Maranhão. A cada ano aumenta também o número de vítimas da dengue hemorrágica. Até agora, 30 casos foram confirmados pela Secretaria estadual de Saúde.
Para a Vigilância Epidemiológica, é preciso combater o mosquito Aedes aegypti com mais rigor. Trata-se de uma responsabilidade de cada prefeitura.
“Nós estamos vivendo um surto de dengue. O combate ao mosquito Aedes aegypti não é difícil desde que as pessoas que estejam trabalhando na visita em casa fiscalize, supervisione, orientem, monitorem e cobrem”, diz o coordenador de vigilância epidemiológica do Maranhão, Henrique Jorge dos Santos.
Em São Luís, os bairros com maior incidência de dengue são: o Centro, São Francisco, Área Itaqui-Bacanga, Coroadinho, Bequimão e Vinhais.
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