SÃO LUÍS - Cerca de 500 pessoas foram às ruas de Pedreiras (a 286 km de São Luís) em manifestação pela interdição do presídio local, construído no povoado Barriguda, com capacidade para 168 presos. A unidade prisional data da gestão do ex-governador José Reinaldo Tavares, cuja instalação se deu por esforços da Prefeitura local, com apoio do deputado João Evangelista (PSDB).
Contudo, a população não aceita que o presídio permaneça na cidade, o que gerou reação dos movimentos sociais, que organizaram várias passeatas.
Para a implantação do presídio em Pedreiras ocorreram várias audiências públicas, contando com a presença do então secretário de Justiça e Cidadania do Estado, Sálvio Dino Júnior. Destas reuniões, ficou acordado que no local seria implantado um Centro de Ressocialização (conforme a portaria n.º 411/05) que disciplinaria o funcionamento da unidade penal, onde só seriam recebidos presos da região e com penas menores de oito anos. Os manifestantes denunciam que esta norma vem sendo desrespeitada totalmente.
Prova disso é que no último dia 5 deste mês, 24 detentos fugiram em plena luz do dia. Os presos rumaram para cidades circunvizinhas e deixaram a população em pânico. Até o presente momento, não foram recapturados nem a metade dos fugitivos. Como agravante, dia 16 do corrente, numa verdadeira operação de guerra, foram transferidos para Pedreiras 48 presos de alta periculosidade, sendo que nem um é oriundo de comarcas do Médio-Mearim.
Neste sentido, a população, insegura, foi às ruas, ontem, em um movimento ordeiro, pedir a interdição total do presídio. Várias correntes políticas uniram-se na manifestação, entre elas o prefeito Lenoilson Passos da Silva, uns dos coordenadores da manifestação; e também o prefeito de Trizidela do Vale, Jânio Balê, acompanhado de vereadores e lideranças locais. O comércio, em solidariedade ao movimento, permaneceu fechado por duas horas.
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