SÃO LUÍS - Uma importante parceria foi concretizada entre o Brasil e a Ucrânia para constituição da empresa binacional Alcântara Cyclone Space.
Para esta empreitada, serão investidos US$ 105 milhões, divididos entre os dois países. O Brasil participará ainda com a construção de todas as obras de infra-estrutura geral, necessárias à instalação do sítio de lançamento da empresa.
Para tanto, foi instituído o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), iniciado no segundo semestre de 2004 e que, segundo relatório da AEB, permitiu o desenvolvimento e a implantação de ações em resposta às necessidades nacionais, ao contemplar todas as etapas no domínio da tecnologia espacial.
Neste sentido, a AEB obteve um aumento gradual dos recursos necessários ao avanço do programa. Em 2003, o orçamento foi de R$ 98,3 milhões. Em 2006, R$ 258 milhões, um crescimento de mais de 160%.
Investimentos
O relatório de 40 páginas mostra que o Brasil investiu nos últimos quatro anos cerca de R$ 771 milhões em seu programa espacial e ressalta a revisão do Veículo Lançador de Satélites (VLS) com assessoria russa e o programa do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS).
A AEB informa que a execução orçamentária apresentou crescimento significativo. Enquanto em 2003 a execução ficou em torno de 75% do orçamento disponível, em 2006 o volume executado foi superior a 99%.
De acordo com o relatório, após o acidente com VLS-1 V03, em 2003, o governo brasileiro decidiu pela continuidade do projeto VLS-1, contratando a revisão crítica completa do projeto, com o “State Rocket Center (SRC) - Instituto Makeyev”, sediado em Miass, Rússia. A ação visava a qualificação do veículo e a realização de novos desenvolvimentos, envolvendo estudos, fabricação, integração, ensaios e análises de conformidade de protótipos de veículos, seus sistemas e subsistemas.
Em paralelo ao desenvolvimento e qualificação do VLS-1, foi concebida a construção de um veículo denominado VLS-Alfa, a ser lançado, a princípio, em 2010. O VLS-Alfa tem seus primeiros e segundos estágios iguais ao atual VLS-1, e o seu terceiro estágio é um motor de propulsão líquida o que permitirá a colocação de cargas úteis de até 400 quilos em órbitas de 400 quilômetros de altitude. O VLS-Alfa será o primeiro foguete brasileiro a ter um estágio de combustível líquido.
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