SÃO LUÍS - A data do aniversário de Alcântara acontece nesta sexta-feira, 22. Durante toda a semana, a cidade histórica maranhense, situada a 22km de São Luís, comemora os seus 358 anos com uma vasta programação cultural que objetiva integrar os alcantarenses e valorizar cada vez mais as suas tradições.
A administração municipal, sob o comando da prefeita Heloísa Leitão, agendou para o período da manhã e da tarde, até esta quinta-feira, 21, Feiras de Artesanato e Gastronomia, reservando a Praça da Matriz para demonstração e comercialização dos produtos da terra. Durante a noite, o espaço é destinado às atividades culturais, como cinema, concurso de novos talentos e apresentação de manifestações folclóricas da região.
Na sexta-feira, dia da comemoração dos 358 anos, a cidade já amanhece com a Alvorada Festiva, marcada para as 5h30. Na parte religiosa da programação tem, ainda, apresentação do coral da terceira idade e das crianças, as caixeiras do Divino Espírito Santo e o cortejo em direção à Praça da Matriz, onde acontecerá a parte cívica do evento.
Dentre as autoridades que estarão presentes na comemoração, juntamente com a prefeita e o seu secretariado, são os deputados Gastão Vieira (federal) e Arnaldo Melo (estadual).
Durante toda a sexta-feira, alcantarenses e turistas poderão se divertir em atividades infanto-juvenis, feiras de comercialização de produtos locais e uma vasta programação cultural.
História
A cidade foi fundada em 1648 e possui um grande e vasto patrimônio histórico e cultural. Sua sede é um dos maiores conjuntos arquitetônicos do país, sendo tombada como Patrimônio Cultural Brasileiro (“Cidade Monumento Nacional”) em 1948.
A área onde hoje se situa Alcântara foi habitada por índios Tupinambás, franceses, portugueses, senhores de engenho e negros escravos. O lugar também recebeu Ordens Religiosas dos Jesuítas, Carmelitas, Mercedários e Carmo.
A importância econômica de Alcântara decorria da produção de algodão e de cana-de-açúcar, advindos dos vários engenhos que se constituíram na região. No final do século XIX, Alcântara perdeu sua importância econômica e passou a ser habitada eminentemente por escravos e descendentes de índios, que ocuparam as terras mais férteis, principalmente aquelas localizadas no litoral.
Quilombos - Com a crise econômica decorrente da queda do preço do açúcar e as pressões pela abolição da escravatura, surgiram vários quilombos, agregado ao segmento camponês daquela região.
Os quilombos ou mocambos são fazendas formadas, principalmente, por escravos fugitivos ou libertos e baseadas na produção coletiva. São comunidades tradicionais, com culturas, dialetos, formas de produção e regras internas próprias.
Em virtude de sua importância histórica e cultural, a Constituição de 1988 reconheceu o direito destas comunidades aos seus territórios, em geral denominados territórios “remanescentes de quilombos” e os seus integrantes de “quilombolas”.
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