Servidores da Caema entrarão em greve dia 13

Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h11

SAÕ LUÍS - Os servidores da Companhia de Água e Esgotos do Maranhão (Caema) decidiram ontem entrar em greve na próxima quarta-feira, dia 13, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembléia realizada na sede da empresa no Centro, que reuniu 70% dos trabalhadores da capital. Os funcionários da companhia em Imperatriz também vão parar.

Em negociação com a direção da empresa desde maio do ano passado, período da data-base da categoria, os trabalhadores optaram pela greve depois que o presidente da Caema, Bruno Mendonça, decidiu descumprir o acordo firmado com a direção do Sindicato dos Trabalhadores Urbanitários (Stiu-MA), no dissídio assinado em agosto deste ano, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-16ª Região). O acordo foi homologado com o aval da presidente do TRT, desembargadora Kátia Magalhães Arruda.

“Por duas vezes neste ano, a categoria decidiu ampliar o prazo das negociações com a direção da Caema, com a garantia dada pelo presidente da companhia, Bruno Mendonça de que as reivindicações negociadas seriam atendidas. E mais uma vez, o presidente da Caema não cumpriu o que fora acordado com a categoria”, afirmou o presidente Stiu-MA, Fernando Antônio Pereira.

Os trabalhadores reivindicam o pagamento dos 5% do realinhamento salarial firmado pela direção do sindicato e da empresa em maio de 2005. Do acordo salarial firmado com a Caema implementou o rescalonamento salarial somente dos 228 funcionários dos serviços gerais. “O pagamento dos 1.000 servidores ficou para ser definido num prazo de 90 dias, isso em março de 2005. Depois, dois novos prazos foram acordados e nada foi cumprido”, disse Pereira.

No acordo homologado no TRT-16ª Região, o presidente da Caema, Bruno Mendonça, garantiu que, se houvesse aumento de receita ou reajuste de tarifa ou redução das despesas, o realinhamento dos salários dos servidores seria implementado imediatamente.

“Entre junho e setembro, o faturamento mensal da empresa era de 8 milhões, nos últimos dois meses foi para R$ 12 milhões, e o presidente da empresa acordou que, com o aumento da receita, o acordo com os servidores seria firmado. Tivemos um aumento de 50% de receita, e ele afirmou na reunião que não vai pagar porque não teve reajuste de tarifa”, disse o presidente do Stiu-MA.

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