Mudança na estação férrea de Coroatá é debatida em audiência

Atualizada em 27/03/2022 às 14h11

SÃO LUÍS - Definir o projeto de mudança do parque de manobras da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) em Coroatá e municípios à margem da linha férrea foi o mote da audiência pública realizada na última terça-feira (28), presidida pelo juiz titular da 1ª Vara da comarca, Alexandre Lopes de Abreu. O evento ocorreu no salão do júri do Fórum.

A audiência reuniu parte expressiva da população coroatense e representantes de vários segmentos interessados na questão, entre empresários, professores, movimentos sociais, estudantes, além de representantes dos municípios de Pirapemas, Codó, Timbiras e Rosário.

Segundo o juiz Alexandre Lopes, o grande problema reside no fato de que a estação do trem que corta Coroatá fica no centro da cidade, o que causa a interrupção da passagem de estudantes e ambulâncias, e prejudica o comércio. A poluição sonora e ambiental provocada pelas máquinas também é alvo de reclamação de quem mora no município. Isso motivou a população a fazer um abaixo-assinado com 1557 assinaturas, que resultou na audiência pública.

O engenheiro de via permanente da ferrovia, Esinaldo Júnior, que representou a CFN na audiência, acenou para o interesse da companhia

em construir o projeto de mudança do parque de manobras em parceria com a prefeitura de Coroatá e, se possível, definir um projeto amplo que englobe todos os municípios que passam pelas mesmas dificuldades.

O diretor patrimonial da RFFSA, estatal proprietária da estrada, enfatizou o compromisso da empresa para o acompanhamento do projeto, a

fim de que o problema seja solucionado o mais rápido possível.

Preservação ambiental

Como forma de compensação pelos danos ambientais provocados pela linha férrea, o juiz Alexandre Lopes Abreu sugeriu a criação de uma cooperativa de catadores de material reciclável em todos os municípios por onde passa o trem. As cooperativas fariam a coleta, seleção e prensa de materiais como papel, plástico e metal, com o transporte para as usinas de São Luis a cargo da CFN. "Assim, a companhia começaria a construir uma história de responsabilidade social e incentivo à economia local", defendeu o magistrado.

A idéia foi bem recebida pelos representantes da CFN, que se prontificaram a iniciar as discussões quando as cooperativas estiverem montadas.

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