SÃO LUÍS - O lançamento do foguete de microgravidade VSB 30, previsto para acontecer no próximo mês, deverá ser realizado no início do ano que vem, possivelmente, na primeira quinzena do mês de março. A decisão pelo adiamento está relacionada à execução de obras de infra-estrutura do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, que se encontram em andamento.
“Diante da possibilidade de nós termos ainda obras a serem realizadas na plataforma de lançamento e outras obras de infra-estrutura no CLA, coincidindo com a chegada dos alemães.
Então, preferimos não correr o risco de ter que fazer um adiamento”, explicou o diretor do Centro de Lançamento de Alcântara, o coronel-aviador Rogério Luiz Veríssimo Cruz, que esteve em São Luís para participar da abertura oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, segunda-feira última.
De acordo com o comandante do CLA, o foguete, que conta com a cooperação da Agência Espacial Alemã, terá na sua carga útil material para estudos em microgravidade. “O CLA não está parado. Ele tem condições de lançar veículos de médio porte enquanto a gente aguarda a questão da Torre Móvel de Integração (TMI), porque ela é fundamental para que possamos retomar o lançamento do VLS e pensar em lançamentos comerciais”, afirmou.
Reconstrução
A licitação para a reconstrução da TMI foi vencida pelo consórcio Jaraguá/Levitta, no início do ano, mas o resultado foi contestado pela empresa BrasilSat e a licitação aguarda decisão judicial ainda sem data prevista para ser divulgada.
A parceria com a Ucrânia para a criação da empresa binacional é considerada pelo Programa Espacial Brasileiro como o ponto de partida para a exploração do CLA com lançamentos comerciais.
“A Ucrânia tem um lançador, que é o Ciclone IV, confiável, homologado, testado e nós temos o Centro bem posicionado em termos até econômicos.
Então, nós uniríamos dois aspectos importantes, que é a confiabilidade do equipamento e a possibilidade comercial de um Centro próximo ao Equador”, analisou o coronel Rogério Veríssimo Cruz.
Para o lançamento comercial, o diretor do CLA enfatizou a realização de testes com combustível líquido no próximo lançamento com o VLS, que deverá acontecer em 2008. “Para o lançamento comercial e para atingir órbitas mais elevadas é preciso o combustível líquido e o VLS é um passo importante para que a gente chegue lá. O próximo lançamento testará novos equipamentos. É uma fase importante para a mudança de estágio para a propulsão líquida”, concluiu o coronel Rogério Veríssimo.
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