MIRANDA DO NORTE - Os moradores da zona rural do município de Miranda do Norte vêm sofrendo nos últimos quatro meses com a constante ação de criminosos em suas propriedades. Mantimentos, ferramentas e pelo menos três espingardas já foram roubados. Os acusados, sorrateiros, ficam vigiando a área e aproveitam quando os moradores saem para a roça ou para outras atividades, e invadem as propriedades.
De acordo com o fazendeiro Manoel Mendes, proprietário da fazenda Camurim, uma das vítimas, seriam de três a quatro pessoas os responsáveis pelos crimes, que já estão deixando os moradores preocupados. “Só da minha propriedade já foram levados uma espingarda calibre 38, um machado, alavanca, vários mantimentos do depósito, cinco patos, um cofo com ovos e bananas maduras do bananal”, frisou o fazendeiro, lembrando que os criminosos teriam agido mais de uma vez em suas terras.
Manoel Mendes frisou que os ladrões estiveram, também, nas propriedades de Dico Santana, de onde levaram uma espingarda e dinheiro; Júlio Damázio, que perdeu mantimentos, botas e alicates; Natão, que teve um rádio furtado; Agripino, de onde furaram farinha, e na fazenda Mendes, com o furto de um rádio, uma espingarda e mantimentos.
Devido aos constantes furtos, os moradores já estariam se revezando para não deixar suas casas sozinhas. “Eles devem ficar vigiando porque é só sair e a casa ficar só, que eles vem e levam o que lhes interessa”, denunciou Manoel Mendes. Na casa de forno de farinha do povoado Ciganas, os criminosos teriam levado uma “bola de catitu”, usada para ralar mandioca, que havia sido fornecida pelo Incra.
A área rural de Camurim fica a 12 km da sede e os moradores teriam dificuldade em chegarem à delegacia para registrar ocorrência sobre os crimes. No fim da semana passado, Manoel Mendes esteve na delegacia, onde reclamou da atuação da polícia, que considerou tímida.
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