Caso Alexandra

'MP não pode cruzar os braços', diz promotor

Para o promotor todas as ramificações e ligações escusas que supostamente deveriam ocorrer devem ser investigadas.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 14h20

SÃO LUÍS - O promotor da investigação criminal José Cláudio Cabral Marques, que entrou junto com Themis Pacheco de Carvalho e Cláudio Guimarães, com o pedido de quebra de sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama e ex-secretária de solidariedade humana, disse que agora depende da Justiça aceitar ou não o pedido do Ministério Público.

- Vamos ter as dificuldades normais da Justiça, mas, estamos pedindo urgência dada a gravidade do caso - disse.

Ainda de acordo com o promotor, existem amigos de Alexandra Tavares também estariam tendo um acréscimo de patrimônio.

- Esta é a primeira linha de investigação em cima desta pessoa. A investigação tem que partir de um ponto e o nosso primeiro ponto foi a quebra de sigilo bancário e fiscal e a partir daí que poderemos ver as ramificações e ligações escusas que supostamente deveriam ocorrer - explica.

Perguntado sobre a possibilidade do governador José Reinaldo Tavares ser consciente dessas irregularidades, o promotor esclareceu na impossibilidade da Investigação Criminal investiga-lo também.

- Nós, da Investigação Criminal, só pudemos entrar com o pedido por causa da perda dela de foro privilegiado deixando de ser secretária de estado. No caso do governador, somente a segunda instância pode entrar com pedido. No caso os procuradores de justiça e procurador-geral que devem investigar - completa.

Para Cláudio Marques, a Justiça não pode ficar de braços cruzados diante dos fatos denunciados pela imprensa. Sobre a possibilidade de José Reinaldo renomear Alexandra Miguel Tavares como secretária fazendo com que ela volte a gozar de foro privilegiado, o promotor foi contundente:

- Essa vai ser uma decisão pessoal, política e estratégica dele. Sendo assim, cabe a segunda instância investigar. O que não pode é o Ministério Público ficar de braços cruzados assistindo essas denúncias que são diárias - afirma Cláudio Marques.

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