BACABAL – Cerca de 15 famílias, das mais de 100 famílias já desalojadas pelas cheias do Rio Mearim em Bacabal foram proibidas pela Justiça do município de ocuparem um galpão abandonado para se instalarem fugindo das águas e podem ser despejadas a qualquer momento pelos oficiais de justiça que servem no fórum da cidade.
Os flagelados que ocuparam o galpão são moradores da Avenida Mearim, primeiro ponto a ser tomados pelas águas do rio todos os anos, e começaram a ocupação do local na última quarta-feira, quando o rio subiu novamente de nível alagando suas casas.
O prédio que eles escolheram aleatoriamente, por ficar nas proximidades do rio, é de propriedade da Justiça bacabalense que imediatamente após a invasão praticada pelos flagelados proibiu que para o local fosse puxado um ponto de luz.
Como apenas parte do local havia sido ocupada os oficiais de justiça, por determinação superior, trataram de lacrar as demais áreas do galpão, impedindo que novos flagelados ali se abrigassem e a determinação judicial autorizando o despejo dos mesmos pode ser cumprida a qualquer momento.
Como não existe um cadastro estima-se que as cheias do Rio Mearim já tenham desalojado mais de 100 famílias em Bacabal. Essas 100 famílias ainda não receberam nenhum tipo de ajuda da administração pública municipal e enfrentam o flagelo das cheias usando seus próprios meios.
São principalmente moradores da Avenida Mearim e das ruas mais baixas do bairro Trizidela, especialmente das ruas Maria Helena e do Cipó. Em razão da falta de ajuda oficial, os que têm maior poder aquisitivo alugaram casas em áreas mais seguras. Os mais carentes se viram como podem, servindo-se da ajuda de familiares e amigos.
Se continuar a chover e subir ainda mais de nível esse quadro pode se agravar como o aumento do número de flagelados, principalmente porque, desde que o Exército Brasileiro foi obrigado a retirar do município a sua unidade do Tiro de Guerra – fato que aconteceu há três anos -, Bacabal não dispõe mais de uma comissão municipal de defesa civil permanente e coordenada.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.