Caso Leocádio: relatório sai até quarta

Secretário Cutrim promete a familiares do prefeito divulgar dados parciais sobre o crime, mas ignora laudo de perito.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h30

SÃO LUÍS - O secretário de Segurança Pública, Raimundo Cutrim, deve apresentar, até a próxima quarta-feira, aos familiares do prefeito de Buriti Bravo, João Henrique Leocádio, e à imprensa, o relatório parcial das investigações sobre seu assassinato, ocorrido em 10 de março de 2005. Não deve constar no relatório os dados do estudo feito pelo perito Hilton Ribeiro, que constatou que João Leocádio foi morto com dois tiros no mesmo ouvido, dados por armas distintas, no caso o revólver calibre 38 de sua propriedade, e que foi encontrado no local do crime, e uma pistola, possivelmente calibre 380 ou 765, embora esta segunda bala não tenha sido localizada.

No relatório, a ser apresentado pelo secretário, deve constar a elucidação parcial do homicídio, pelo delegado Hagamenon Azevedo, que efetuou a prisão de Marco Antônio Alves de Sousa, o Marcão e Itamar Costa da Silva, acusados de serem, respectivamente, o executor e o condutor da moto utilizada na fuga. Ambos negam participação no episódio.

Segundo Cutrim, o perito não tem competência para assinar um laudo de exumação, o que seria o resultado do estudo por ele divulgado esta semana. Mas até hoje não houve qualquer explicação do porque de Hilton Ribeiro estar com o material e elaborar o estudo, se não poderia assiná-lo.

Logo após a divulgação do suposto laudo da exumação feita pelo perito, Raimundo Cutrim determinou que fosse instaurado inquéritos administrativo e policial para apurar seu procedimento. O delegado Ronilson Moura ficou responsável pela investigação. Raimundo Cutrim negou, ainda, que tivesse recebido o resultado do estudo feito por Hilton Ribeiro.

Para os familiares da vítima, representados pelo advogado Petrônio Alves, a divulgação feita pelo perito auxiliou muito no inquérito, principalmente por colocar por terra, de uma vez por todas, a possibilidade de suicídio. Sexta-feira, os familiares de João Leocádio estiveram com Raimundo Cutrim em reunião e se mostraram interessados em obteruma resposta mais rápida da polícia sobre o crime. O secretário acenou com a divulgação do relatório parcial sobre o caso ainda esta semana, que infelizmente não traz novidades.

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