CODÓ - O Ministério Público de Codó está investigando uma suposta irregularidade no pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A denúncia, que chegou ao promotor Augusto Cutrim em meados de agosto, explica que 23 pessoas que trabalharam na Prefeitura de Codó antes de 1988 e passaram a ter direito, cada uma delas, ao saque de cerca R$ 6.000,00, foram enganadas por um falso advogado que mora em São Luís.
Este, por sua vez, contou com a ajuda de um funcionário da Prefeitura, que teria tomado co-nhecimento da existência do dinheiro e da liberação do Governo Federal, após ter entrado em contato com aqueles ainda vivos, a maioria aposentados, para sacar o recurso.
Para os que foram localizados pelo funcionário foi dito, segundo Augusto Cutrim, que o dinheiro só poderia ser sacado numa agência da Caixa Econômica Federal em São Luís e com o auxílio de um advogado. Duas viagens foram organizadas pelo funcionário da Prefeitura de Codó: na primeira, 10 beneficiários desse recurso do FGTS partiram numa van fretada e, na segunda, mais 13 viajaram.
Na agência da Caixa, da avenida Kennedy, na capital, já esperava o suposto advogado. Todas as 23 pessoas que sacaram o dinheiro disseram ao promotor de Justiça que tiveram que pagar ao suposto advogado, na boca do caixa,30% do que receberam.
Tomando conhecimento da denúncia, Augusto Cutrim disse ter encaminhado um ofício à Superintendência da Caixa, no Maranhão, perguntando se era necessário a intermediação de um advogado para que o trabalhador pudesse receber o dinheiro do FGTS e se os saques só poderiam ser feitos na capital.
Todas as respostas foram negativas, inclusive, com a ressalva de que todos poderiam receber o dinheiro dirigindo-se apenas à agência da Caixa em Codó. A partir daí, o promotor iniciou o que chamou de “procedimento administrativo” para investigar a denúncia.
Depoimentops
O promotor já ouviu o funcionário da prefeitura envolvido, cujo nome preferiu não revelar até a conclusão das investigações, as vítimas do golpe e também identificou o suposto advogado. O nome dele também foi mantido em sigilo, mas já se sabe que este homem não tem qualquer registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“A investigação está bem encaminhada, já identificamos este suposto advogado. Resta saber ainda mais da sua qualificação para que nós possamos chegar a uma conclusão se houve crime ou não por parte dele e desse funcionário da Prefeitura de Codó. Se chegarmos à conclusão que houve crime, nós vamos encaminhar o caso primeiro à Polícia Civil, para que ela tome as providências legais”, disse o promotor Augusto Cutrim.
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