Baleia é encontrada morta na região dos Lençóis

A causa morte do mamífero marinho que media 8,5 m e pesava cerca de 5 toneladas não foi descoberta.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h36

BARREIRINHAS - Uma baleia morta foi encontrada na manhã de anteontem na praia do Caburé, Barreirinhas, na região dos Lençóis Maranhenses. Devido o adiantado estado de decomposição do animal, a espécie e o sexo não puderam ser identificados. A causa morte do mamífero marinho - que media 8,5 m, pesava cerca de 5 toneladas e estava sem cabeça e sem cauda -, também não foi descoberta.

De acordo com o chefe do Ibama em Barreirinhas, José Maria Canavieira, o animal teria morrido em alto-mar e veio parar na praia do Caburé por causa das correntes marinhas. “Este animal deve ter morrido há oito ou 10 dias e, por isso, fica multo difícil saber a causa”, informou.

Estudantes de Ciências Aquáticas da Universidade Federal do Maranhão, que estavam fazendo pesquisas próximo à praia do Caburé e deslocaram-se até o local assim que souberam da notícia sobre o animal, fizeram vários exames nos restos do mamífero. Eles também não puderam precisar a espécie e o sexo, mas afirmaram que se tratava de uma baleia jovem. “Devido os ferimentos, o animal pode ter sido atacado por tubarões, encalhado em um banco de areia ou pescado por navios japoneses, que navegam a 50 milhas marítimas daqui”, declarou a estudante Rafaela Diniz.

A universitária acredita que se o animal estivesse inteiro, com cabeça e cauda, poderia medir até 20m e pesar até 10T. “Infelizmente ele não está inteiro, mas, pelo que pudemos apurar na medição do que sobrou, poderia ter esse comprimento, porque parece que se trata de uma cachalote ou jubarte”, analisou.

A carcaça do animal só pôde ser registrada pelo Ibama e pelos estudantes de Biologia, graças ao cuidado do gerente da pousada Buriti, Francisco Soares, que tratou de avisar as autoridades e vigiar o animal. “Nós, aqui do Caburé, desenvolvemos um projeto de proteção aos animais marinhos e não deixamos que hippies cortassem o animal para tirar os ossos. Além da baleia, já encontramos tartarugas feridas, que também encaminhamos ao Ibama”, justificou.

Os restos da baleia chamaram a atenção dos pescadores de Caburé, até mesmo dos mais experientes, como Elias Lima ,de 48 anos. “Essa é a terceira vez que vejo uma baleia aqui: a primeira foi quanto tinha 10 anos, a segunda foi há dois anos e, agora, essa. Nós não olhamos muito baleias por aqui, pois elas nadam em alto-mar e nós não as caçamos, porque é crime”, lembrou.

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