Clima é de incerteza para aliados de Alexandra Tavares

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h40

SÃO LUÍS - Os aliados da primeira-dama Alexandra Tavares viveram ontem um misto de tensão e incerteza no Palácio dos Leões. Um dia depois de divulgada a exoneração de Érika Braga e Maria Elizabeth Gago Cordeiro, todos os indicados por Alexandra para postos no governo temiam seguir o mesmo caminho.

Por outro lado, circulou a informação de que ela estará de volta na semana que vem, ao lado do governador José Reinaldo, e que as suas duas aliadas poderiam, inclusive, retornar ao governo.

Ontem pela manhã, auxiliares do governador interpretaram a divulgação pelos jornais da exoneração de Érika Braga e assessores graduados na Secretaria de Educação, entre eles a subsecretária Betinha Gago, como um sinal de que a primeira-dama havia perdido a queda de braço que mantinha com o chefe da Casa Civil, Lourenço Vieira da Silva, e a filha do governador José Reinaldo, Mila Tavares.

Esta versão ganhou força porque o substituto de Betinha Gago na Secretaria de Educação é o professor aposentado Gracco Bolivar Pinheiro da Silva, homem de confiança do chefe da Casa Civil.

A assessora de Comunicação, jornalista Flávia Regina, informou que, segundo o chefe da Casa Civil, Lourenço Vieira da Silva, as demissões publicadas no Diário Oficial do dia 26 “foram atos de rotina”, para “ajustar a máquina administrativa”.

Segundo apurou O Estado, o governador José Reinaldo e a primeira-dama Alexandra Tavares se encontraram anteontem em Brasília e seguiram ontem, com as filhas, para Caldas Novas, uma estância de lazer no interior de Goiás. Para um dos assessores palacianos, “a situação entre os dois é de clara reconciliação”.

Surgiu também a informação de que os responsáveis pela publicação do Diário Oficial do Estado estariam na iminência de serem exonerados. José Reinaldo queria evitar a divulgação das demissões, segundo assessores próximos.

Surpresa

Revelada em primeira mão pela Rádio Mirante AM, que teve acesso ao Diário Oficial datado do dia 26, a exoneração de Érika Braga e Betinha Gago causou surpresa nos corredores do Palácio dos Leões e em todos os órgãos do governo. Amigas íntimas de Alexandra Tavares, as duas eram tidas como “intocáveis” por terem ligações quase familiares com a primeira-dama.

Além do cargo de adjunta da primeira-dama, na Secretaria de Solidariedade Humana, Érika Braga era também membro do Conselho de Administração da empresa que controla o Porto do Itaqui, um cargo estratégico. Era tão poderosa que chegou a indicar e vetar nomes para o governo.

Betinha Gago é menos próxima de Alexandra Tavares, mas exercia forte influência no governo, em especial na Secretaria de Educação. Titular da Secretaria Adjunta de Suporte ao Sistema Educacional, ela exercia o poder de fato no órgão, cujo titular é o professor Edson Nascimento. Pela amizade com a primeira-dama, Betinha Gago manteve-se no posto nas sucessivas gestões na Educação, mantendo o mesmo poder em todo o sistema educacional. O nome dela foi citado ontem com mais freqüência que o de Érika Braga, na hipótese de voltar a assumir cargo no governo.

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