Professores de Açailândia são capacitados para inserir o tema Trabalho Escravo em sala de aula

O objetivo é inserir as discussões sobre a Erradicação do Trabalho Escravo em sala de aula.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 14h51

SÃO LUÍS - “Escravo nem pensar” é o tema do curso que começa na próxima segunda-feira, 14, em Açailândia, e deve capacitar, nesta primeira fase, pelo menos 50 professores da rede pública dos ensinos fundamental e médio da região.

O objetivo é inserir as discussões sobre a Erradicação do Trabalho Escravo em sala de aula.

O curso é promovido pela ONG Repórter Brasil, de Brasília, em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Presidência da República, e do CDVDH (Centro de Defesa da Vida e pelos Direitos Humanos) de Açailândia. Professores ligados à ONG e à PUC (Pontifícia Universidade Católica)-SP irão ministrar as aulas.

O projeto está inserido nas demandas do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, lançado pelo presidente Lula em março de 2003.

Duas turmas de 50 educadores foram formadas até agora. A primeira inicia o curso, que tem 40 horas, no próximo dia 14 (segunda-feira), e segue até dia 18 (sexta-feira). As aulas serão ministradas no salão paroquial da Igreja São João Batista, em Açailândia, das 8h às 12h e das 14h às 18h, durante toda a semana.

A segunda turma terá aulas entre 21 e 25 de fevereiro, no município de Bom Jesus das Selvas (cerca de 450 quilômetros da capital maranhense). A escolha dos municípios está ligada com a alta incidência de aliciamento e trabalho escravo na região maranhense.

A segunda etapa do curso terá como público-alvo líderes comunitários e estudantes universitários.

Para a educadora social do CDVDH-Açailândia, Fabrícia Carvalho da Silva, a iniciativa mostra que a sociedade começa a se preocupar com o problema da escravidão contemporânea e a mostrar alternativas para erradicar o trabalho escravo. “Acredito que esse curso é um sinal de que estamos avançando na luta e contribuindo para acabar com esse mal, que é a alta incidência de trabalho escravo em nossa região”, comenta.

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