RIO - A Vale do Rio Doce apresentou um projeto em parceria com o governo do Maranhão ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a implantação do pólo siderúrgico do Maranhão. O valor estimado do projeto é de US$ 11,4 bilhões.
O projeto inclui a instalação de três siderúrgicas de grande porte no Estado com capacidade para produzirem juntas 24 milhões de toneladas por ano. Até a fase final do empreendimento serão criados cerca de 50 mil empregos, segundo o BNDES. A proposta prevê investimentos em mão-de-obra. Trabalhadores da Amazônica Ocidental e do Nordeste receberão capacitação profissional para serem absorvidos como mão-de-obra qualificada no pólo siderúrgico.
De acordo com os cálculos da Vale, o pólo ampliará em 70% a produção nacional de aço até 2010, hoje em 34 milhões de toneladas. O aço produzido será destinado à exportação e, segundo a Vale, deverá gerar US$ 9 bilhões em divisas para o país.
A capacidade inicial de produção das usinas será de 4 milhões de toneladas por ano. Numa segunda fase do projeto, elas deverão alcançar a marca de 8 milhões de toneladas por ano.
A reunião entre o diretor da Vale, Dalton Nosé, o governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, o presidente do BNDES, Carlos Lessa e o vice-presidente do banco, Darc Costa, aconteceu nesta quinta-feira na sede do BNDES, no Rio.
Nesta segunda-feira, o presidente da Vale, Roger Agnelli, já havia confirmado o início de "conversas informais" com o BNDES para o financiamento do projeto de uma siderúrgica no Maranhão.
A Vale tem como parceiros a gigante chinesa Baosteel e o grupo europeu Arcelor. Questionado sobre o futuro do projeto no caso de uma saída da Arcelor, o presidente da Vale respondeu que, independente da Arcelor, a Vale iria adiante com o plano de construir uma siderúrgica no Maranhão.
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