BRASÍLIA - O representante das famílias das vítimas do acidente de Alcântara, José Oliveira, disse nesta terça-feira, 16, que ficou satisfeito com o trabalho coordenado pelo Ministério da Defesa para apresentar um relatório conclusivo sobre a explosão, ocorrida em 22 de agosto do ano passado. Vinte e um técnicos morreram durante a montagem do veículo lançador de satélite (VLS 1/V3).
O relatório mostra que houve falhas operacionais e materiais que levaram, por descarga eletrostática ou corrente elétrica na linha de fogo, ao acionamento do propulsor A.
“Nós participamos das investigações e vimos que todas as hipóteses foram analisadas e estudadas. A possibilidade de uma descarga eletrostática só não foi aprofundada porque esse é um fenômeno mais raro no Brasil, que os cientistas ainda não compreendem bem”, afirma Oliveira, presidente da Associação dos Familiares das Vítimas de Alcântara e irmão do técnico Rodolfo Donizetti de Oliveira, morto no acidente.
Durante a apresentação do relatório conclusivo sobre o acidente, o ministro da Defesa, José Viegas Filho, convidou a Associação dos Familiares das Vítimas do Acidente de Alcântara para integrar uma comissão externa que irá reformular a política espacial brasileira e preparar o lançamento de uma nova versão do VLS. José Oliveira aceitou o convite em nome da associação.
Para ele, é hora do governo federal corrigir os erros apontados no relatório. “O programa foi tratado como balão de festa junina. A queda de investimento de 96 pra cá demonstra irresponsabilidade do governo em tratar um programa estratégico como esse”, critica Oliveira.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.