Plano piloto em Açailândia pretende erradicar trabalho escravo no Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 15h13

SÃO LUÍS - O Governo Federal, com o apoio da Gerência de Desenvolvimento Social (GDS), vai colocar em prática, ainda este ano, no município de Açailândia, na Região Tocantina, um plano piloto voltado para a erradicação do trabalho escravo no Brasil. A informação é do gerente adjunto de Trabalho e Habitação da GDS, Lúcio de Gusmão Lobo Júnior.

Ele participou esta semana, no Salão Zumbi dos Palmares da Câmara dos Deputados, em Brasília, da reunião que definiu os detalhes sobre uma grande campanha nacional voltada para a erradicação do trabalho escravo que será colocada em prática pelo Governo Federal em todo o Brasil.

A escolha de Açailândia foi decidida, na reunião de Brasília, porque o Maranhão, por iniciativa do governador José Reinaldo Tavares, foi o primeiro estado a aderir aos preparativos da Campanha Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo executada pelo Escritório no Brasil da Organização Mundial do Trabalho (OIT). Também foi a primeira unidade da Federação a elaborar um plano piloto de combate a este problema social.

O ministro do Trabalho, Jacques Wagner, e o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Francisco Fausto, que estavam presentes na reunião de Brasília, elogiaram a iniciativa do governador José Reinaldo Tavares.

Lúcio Lobo, que representou o Maranhão na reunião, informou aos presentes a preocupação que o governador José Reinaldo tem de buscar uma solução nacional para o problema, já que se trata de um questão social que envolve vários estados. “O Maranhão é mais exportador de mão-de-obra. As situações mais graves estão em outras regiões do Brasil, como o Sul do Pará”, explica Lúcio Lobo.

O plano piloto será colocado em prática em Açailândia por meio de uma ação a ser desenvolvida por quatro ministério (Trabalho, Educação, Ação Social e Integração Regional) e a Secretaria Nacional de Cidadania.

A idéia de escolher esse município maranhense foi lançada na reunião pelo Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Paul Singer. “Ele levou em consideração o fato do Maranhão ser o único estado a ter um plano piloto de combate ao trabalho escravo”, explica Lúcio Lobo.

Na reunião ficou decidido que o Governo Federal vai colocar em prática uma campanha na televisão, em cadeia nacional, convocando a sociedade brasileira a se unir numa campanha voltada para a erradicação do trabalho escravo. A campanha terá a participação de artistas de renome nacional.

No Maranhão, a iniciativa da GDS de combater o trabalho escravo já conta com o apoio de vários segmentos da sociedade civil organizada, entre elas a do presidente do Tribunal Regional do Trabalho, desembargador José Evandro de Souza. Ele considera importante que todos os setores sociais se engajem na luta contra o trabalho escravo, para que este mal seja definitivamente extinto no Brasil.

As informações são da Assessoria de Imprensa do Governo do Maranhão.

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