SÃO LUÍS - A três dias de lançar dois satélites ao espaço o Veículo Lançador de Satélite (VLS III) explodiu no início da tarde desta sexta-feira e matou pelo menos 21 pessoas que trabalhavam na Plataforma de Lançamento da Base de Alcântara na hora do acidente.
Após a explosão do VLS equipes médicas e ambulâncias do exército, aeronáutica e do corpo de bombeiros foram mobilizadas na capital para atendimento de possíveis feridos. Durante a tarde, peritos do IML saíram de São Luís rumo a Alcântara.
Esta seria a terceira tentativa de lançamento de dois satélites de temperatura e localização geográfica construídos com tecnologia brasileira. As outras duas tentativas, nos anos de 1997 e 1999, fracassaram antes mesmo do foguete concluir a missão.
Logo depois da confirmação do acidente, o aeroporto de São Luís, Marechal Hugo da Cunha Machado, foi interditado para receber aeronaves procedentes do CLA.
De acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, ainda não há elementos suficientes para identificar as causas do acidente, mas os indícios indicam falha no sistema de ignição em um dos quatro motores do foguete.
Por volta das 21h desta sexta, dois corpos chegaram a capital e foram encaminhados para o Instituto Médico Legal. Na última contagem realizada na Base foram constatados 21 nomes ausentes, mas as buscas foram suspensas às 20h devido à alta temperatura no local e vão ser retomadas na manhã de hoje.
Na última quarta-feira testes foram realizados na base de Alcântara e o VLS não apresentou problemas. O Veículo Lançador de Satélites foi construído em São José dos Campos, interior de São Paulo, e possuía 30 metros de altura. O prejuízo com o acidente está orçado em cerca de 36 milhões de reais.
O ministro da Defesa José Viegas confirmou que virá ao Maranhão neste sábado para acompanhar as investigações sobre o acidente.
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