SÃO LUÍS - O prefeito de Paço do Lumiar, Mábenes Fonseca, disse hoje que o município está um caos desde que a Justiça suspendeu o concurso público realizado para contratação de pessoal nas áreas da saúde a da educação.
- Por causa disso, temos escolas sem aulas, os postos de saúde não funcionam, não temos vigilância em nossa cidade, que está um caos. Tudo porque estamos sem pessoal para cumprir as funções públicas. Enviamos um projeto de lei à Câmara Municipal para contratação temporária de pessoal. Mas se o projeto não for aprovado por questões políticas, como vem acontecendo, eu terei que decretar estado de emrgência - afirmou Mábenes.
O prefeito fez, ainda, acusações ao Ministério Público de Paço do Lumiar.
- O Ministério Público, estranhamente, digo estranhamente mesmo, comprou a briga para si quando decidiu defender os interesses de apenas sete pessoas que não ficaram satisfeitas com o concurso. E ainda diz que a suspensão do concurso não afeta em nada o município. Mas como não? A cidade está um caos - atacou.
Cobranças - Já o Ministério Público (MP) está cobrando explicações de Mábenes Fonseca sobre o atraso no início das aulas. Também questiona o prefeito sobre a não oferta da pré-escola e de creches no município.
Para o Ministério Público, a suspensão do concurso público pela Justiça não é motivo para o atraso do início do período letivo, como afirma Mábenes.
O concurso está suspenso por força de uma liminar e, segundo o MP, o processo está parado porque o prefeito ainda não apresentou a defesa, retardando a decisão final.
Entenda o caso
De acordo com o MP de Paço do Lumiar, o processo seletivo foi suspenso porque havia vários vícios denunciados pelos candidatos no dia das provas e após o resultado.
A ação propondo a anulação do concurso foi proposta pela promotora de justiça Gabriela Brandão.
Mábenes Fonseca também foi denunciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa por malversação dos recursos públicos.
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