Sistema de Fiscalização dos Lençóis será implementado

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 15h28

Com uma extensão de 155 mil hectares, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, localizado nos municípios de Primeira Cruz, Humberto de Campos, Barreirinhas e Santo Amaro, sofre com a falta de fiscalização, mas essa situação começará mudar a partir da segunda quinzena deste mês, quando o Ibama pretende inaugurar o Posto de Fiscalização do Litoral, instalado no Atins.

A vigilância sobre o parque, que engloba também uma área de amortização de 10 quilômetros, que corresponde à faixa de terra em volta dos Lençóis, será incrementada com a entrada em operação do posto fiscal localizado no povoado de Cantinho, em Barreirinhas, previsto para acontecer em dezembro, quando o Ibama espera receber os cinco inspetores florestais aprovados no concurso realizado pelo órgão.

De acordo com o gerente do Ibama no Maranhão, Antônio Moisés, o posto fiscal do Atins terá o importante papel na fiscalização da pesca predatória praticada ao longo do litoral dos municípios que integram o parque.

Os fiscais vão residir no local e também fiscalizarão as atividades turísticas no parque. Para equipá-los, foram adquiridos duas lanchas, uma voadeira, dois veículos do tipo landrover, próprios para trafegar na areia, e no futuro há a expectativa da instalação de um moderno sistema de comunicação.

Antônio Moisés disse que o outro posto, localizado na entrada da trilha de acesso às dunas de Barreirinhas, está em fase final de acabamento e que a estimativa de inauguração é para o mês de dezembro. O local também será utilizado como moradia para os analistas ambientais aprovados no concurso, que se encontram em fase de contratação.

“Com esses dois postos funcionando e os equipamentos em operação, teremos condições de fiscalizar todo o perímetro do parque, que gira na casa dos 270 quilômetros”, acrescentou o superintendente.

Manejo – O trabalho dos analistas ambientais será orientado pelo Plano de Manejo do Parque Nacional dos Lençóis, que está sendo elaborado por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão, e, segundo Antônio Moisés, as condições de trabalho deverão estar prontas quando o projeto for aprovado pelo Ibama. De acordo com Antônio Moisés, será o plano de manejo que vai determinar as áreas onde o turismo será permitido e que tipo de atividade turística poderá ser realizada em determinadas áreas. Ouro aspecto importante do plano é o fato de ele possibilitar a demarcação da área de jurisdição do parque.

“Para fixar esses limites está sendo utilizado o sistema de geo-referenciamento, feito durante o levantamento fundiário, que vai determinar as pessoas com direito a permanecer no parque e as que devem deixar o local”, disse Antônio Moisés, ressaltando que no momento o estado de preservação do parque é bom, mas é importante que novas medidas de proteção sejam implementadas.

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