Barreirinhas - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quer limitar a presença humana na área do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. A primeira ação do órgão será a notificação das agências de turismo, que disponibilizam pacotes de viagem com destino à reserva.
O superintendente regional do Ibama, Antônio Moysés Neto, condenou a publicidade patrocinada pelas agências a fim de estimular a atividade turística nos Lençóis.
As restrições foram definidas pela instrução normativa nº 5, de 18 de março de 2002, do Ministério do Meio Ambiente. Segundo a norma, estão permitidas somente coberturas jornalísticas, atividades educativas e com fins de pesquisa na área do parque, que é de 155 mil hectares, e no seu entorno, mediante prévia autorização do Ibama.
Obstáculos - “A nossa intenção não é pôr obstáculos, e sim garantir que o espaço seja explorado de forma sustentável e racional”, enfatizou Antônio Moysés. Os representantes das agências serão convocados, a partir da próxima segunda-feira, a assinar um termo de ajustamento de conduta, firmando assim um compromisso com o órgão com vistas a não estimulação do turismo na área do parque.
Uma sugestão para as agências seria a definição de novos roteiros. “As agências poderiam programar viagens à região conhecida como Pequenos Lençóis, entre os municípios de Tutóia e Paulino Neves, que possui as mesmas condições físicas e paisagísticas”, sugere Moysés.
Durante uma reunião realizada no mês de março, no município de Barreirinhas, Antônio Moysés advertiu os representantes do setor hoteleiro da região e os jipeiros que atuam na área do Parque Nacional dos Lençóis quanto à degradação do ecossistema local, causada pela presença humana na reserva.
Plano - Segundo o superintendente, os dois segmentos estariam favorecendo a presença de turistas no parque e no seu entorno, atividade que se encontra proibida, uma vez que a reserva ainda não dispõe de um plano de manejo que defina as áreas aptas à presença de visitantes.
Uma versão preliminar do plano de manejo já foi elaborada e encontra-se em tramitação em Brasília. O aval definitivo para a execução será dado pelo Ibama. “As agências estão agindo de forma irregular ao realizar campanhas publicitárias que enfatizam os atributos paisagísticos do Parque Nacional dos Lençóis”, ressaltou Antônio Moysés, acrescentando que a violação mais grave é a exposição, com fins comerciais, da expressão ‘Parque dos Lençóis’.
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