Pescadores de Paço do Lumiar se organizam para desenvolver cultivo de ostras

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

Viver do cultivo de ostras é o sonho de muitos pescadores de Paço do Lumiar. O que antes era uma atividade artesanal, está se transformando numa das principais vocações econômicas do litoral do Maranhão.

O cultivo de ostras, que nas águas maranhenses encontra condições ideais para se desenvolver, é também o caminho que diversas famílias de municípios costeiros encontraram para melhorar de vida.

Membros da Associação Maranhense de Maricultores de Paço do Lumiar (AMAMAR) estão buscando parcerias para melhorar o desempenho de um projeto de cultivo instalado no povoado de Pecuapá, a cerca de 20 km de São Luís. Eles querem melhorar o domínio da engorda e a produção de sementes para ganhar mercado e ter maior lucratividade com a atividade.

Em 1999, estimulados pelo sucesso do projeto Polomar (iniciativa pioneira no estado e que teve como objetivo identificar alternativas de exploração racional dos recusos produtivos do litoral maranhense), um grupo de pescadores resolveu formar a associação e obtiveram o financiamento para a implantação da fazenda marinha. Com o recurso, adquiriram equipamentos, insumos e hoje, pelo menos doze famílias de pescadores são diretamente beneficiadas com o projeto.

O litoral do Maranhão reúne condições como temperatura da água, salinidade, fertilidade, ausência de poluentes e grandes extensões de mangue, que asseguram altos índices de produtividade e qualidade, com a vantagem de o cultivo ser realizado em ambiente natural - no próprio mar.

Os parceiros que a AMAMAR conta hoje são o Sebrae, que recentemente trouxe o biólogo do IED/BIG, Leonardo Zaias, para um curso sobre cultivo de ostras e também ajudou a viabilizar a captação de energia solar para iluminação do local e está buscando como auxiliar o grupo a encontrar meios de comercialização e melhorar o cultivo.

Apesar das dificuldades, depois do curso viabilizado pelo Sebrae, o ânimo redobrou e todos acreditam que essas tentativas em breve se transformarão em oportunidades concretas. "O começo é sempre difícil, mas nenhum de nós pretende desistir", afirmou Dona Joana Araújo, presidente da AMAMAR.

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