JOÃO LISBOA – Dois procedimentos, um no âmbito da Polícia Militar e outro criminal, foram abertos para apurar sobre o assassinato do soldado da PM Erasmo Alves Cordeiro, por um colega de farda dentro de um carro da própria instituição, no município de João Lisboa.
Preso como autor, o policial militar Alexandre Xandú encontra-se recolhido a uma cela do 3º Batalhão da Polícia Militar em Imperatriz. O comando do 14º BPM suspeita que o policial Alexandre Xandu tenha tido um surto psicótico.
De acordo com relato de um policial, que pediu para não ter a identidade revelada, a ocorrência se deu durante um patrulhamento de rotina, na praça da cidade de João Lisboa, por volta de 1h da madrugada deste sábado (12).
“Fomos surpreendidos com vários disparos. A atitude foi desembarcar, procurar abrigo e averiguar de onde estava vindo os disparos. Ao averiguar o local, não encontramos ninguém, e o policial que, infelizmente, atingiu o companheiro, também, desembarcou fingindo que não fez nada, inclusive dizendo que estávamos sendo atacados”, disse o policial em entrevista à TV Mirante.
O militar acrescentou que ao chamar reforço o policial Alexandre Xandu percebeu e passou a se distancia da equipe, o que levou os demais policiais a desconfiar dele. “E depois que chamamos reforço, ele se alterou”, complementou.
O comandante do 14º BPM, tenente-coronel Edeílson Carvalho, confirmou que quatro policiais estavam no interior do carro quando um deles, Alexandre Xandu, que incorporou a instituição no final do ano passado, efetuou os disparos que, atingiram, mortalmente o Erasmo Alves, que comandava a guarnição. Em seguida, o militar, ainda, foi até um bar próximo onde efetuou outros disparos, mas ninguém ficou ferido.
Edeilson Carvalho informou, ainda, que foi preciso uma negociação para que o policial atirador fosse preso. O oficial ressaltou que o policial havia sido submetido a testes psicológicos e nunca havia tido comportamento agressivo.
“No decorrer dos treinamentos das instruções ele não apresentou nenhum comportamento que pudesse apresentar algum problema de ordem psicológica. Comportou-se como bom policial até que surpreendesse os seus próprios companheiros nesse fato trágico de proporções desmedidas”, disse o comandante Edeílson.
O comandante do 14º BPM acrescentou que, após ser preso, o policial Alexandre apresentava suspeitas de um surto psicótico.
Durante a ocorrência, o policial Alexandre teve um ferimento na mão, razão pela qual foi levado ao Hospital Municipal de Imperatriz (Socorrão). Ele foi levado em seguida, para o 3º Batalhão da PM, onde vai ficar à disposição da Justiça.
O soldado Erasmo Alves Cordeiro ingressou na PM no ano de 2014 e morava em Imperatriz.
Ouça, abaixo, entrevista concedida pelo tenente-coronel Edeílson Carvalho, comandante do 14ª Batalhão da PM, à Rádio Mirante AM sobre a ocorrência:
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