Em Itapecuru-Mirim

Perícia inicia análise de substâncias apreendidas em laboratório farmacêutico clandestino

O laboratório está interditado desde a última quinta-feira (16), após uma investigação policial.

Imirante.com

Atualizada em 20/10/2025 às 15h47
O trabalho é realizado pelo Instituto Laboratorial de Análises Forenses (Ilaf) e pelo Instituto de Criminalística (Icrim). (Foto: divulgação)
O trabalho é realizado pelo Instituto Laboratorial de Análises Forenses (Ilaf) e pelo Instituto de Criminalística (Icrim). (Foto: divulgação)

ITAPECURU-MIRIM - A Perícia Oficial do Maranhão comunicou que iniciou a análise do material que foi apreendido em um laboratório farmacêutico clandestino descoberto em Itapecuru-Mirim na última semana. O trabalho é realizado pelo Instituto Laboratorial de Análises Forenses (Ilaf) e pelo Instituto de Criminalística (Icrim), com o objetivo de identificar a composição das substâncias e avaliar possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente.

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O laboratório foi interditado na última quinta-feira (16), após uma investigação da Polícia Civil que resultou em uma ação conjunta com a Vigilância Sanitária Estadual e o Conselho Regional de Farmácia do Maranhão. O imóvel, localizado na Rua Mariana Luz, no Centro da cidade, funcionava sem estrutura adequada, sem licença sanitária e sem autorização dos órgãos reguladores.

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Entre as substâncias encontradas estavam canabidiol, clonazepam, procaína e testosterona, além de matérias-primas vencidas desde 2019. O local apresentava risco de incêndio e explosão devido ao armazenamento inadequado de produtos inflamáveis e cilindros de gases médicos.

Entre as substâncias encontradas estavam canabidiol, clonazepam, procaína e testosterona. (Foto: reprodução / TV Mirante)
Entre as substâncias encontradas estavam canabidiol, clonazepam, procaína e testosterona. (Foto: reprodução / TV Mirante)

“Encontramos diversos equipamentos, produtos, rótulos e embalagens que indicam que os medicamentos eram fabricados, embalados e vendidos nesse local”, informou o perito James. “O imóvel não possui estrutura para esse tipo de atividade e não conta com autorização federal, estadual ou do conselho de farmácia”, completou.

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De acordo com documentos apreendidos, a farmacêutica responsável comercializava os produtos para cidades do Maranhão e também para outros estados, como Bahia e Rio de Janeiro. Há indícios de que os medicamentos eram enviados ainda para países como Colômbia, Itália e China.

A mulher, que é farmacêutica por formação, já havia sido alvo de medidas semelhantes em Minas Gerais, onde mantinha um negócio com o mesmo perfil. Após ser autuada, transferiu a produção para o Maranhão, mantendo rótulos que indicavam origem mineira. Parte dos produtos era distribuída para outros estados e para o exterior.

Durante a operação, cinco funcionárias foram ouvidas e três autos foram lavrados: Termo de Infração, Termo de Fiscalização e Termo de Interdição. Todo o material apreendido foi encaminhado para análise pericial, que vai detalhar as condições químicas e físicas das substâncias.

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A farmacêutica poderá responder por crimes relacionados à falsificação, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, além de outras infrações previstas na legislação sanitária e de saúde pública.

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