Análise de provas

Audiência de instrução sobre caso de envenenamento de família com ovos de Páscoa é realizada em Imperatriz

Justiça analisa provas que confirmam presença de chumbinho nos chocolates que mataram duas crianças; ré segue presa por duplo homicídio e tentativa de homicídio.

Imirante.com

Quase três meses após o crime, a Justiça analisa as provas colhidas durante a investigação. (Foto: reprodução / redes sociais)

IMPERATRIZ – Foi realizada, nessa segunda-feira (14), no Fórum Henrique de La Roque Almeida, a audiência de instrução do caso que envolve Jordélia Pereira Barbosa, de 36 anos, acusada de enviar ovos de Páscoa envenenados a uma família em Imperatriz, no Maranhão. A tragédia, registrada em abril deste ano, resultou na morte de duas crianças e deixou a mãe delas em estado grave.

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Quase três meses após o crime, a Justiça analisa as provas colhidas durante a investigação, incluindo os laudos que confirmaram a presença de “chumbinho” (veneno para ratos) nos chocolates consumidos pelas vítimas. Também fazem parte do processo mensagens com ameaças enviadas à mãe das crianças, Miriam Lira.

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Durante a audiência, foram ouvidas testemunhas, entre elas o mototaxista responsável por fazer a entrega da encomenda e a própria Miriam, que ainda se recupera física e emocionalmente do episódio. Ambos prestaram depoimento de forma virtual. Também serão incluídos no processo os relatos dos peritos responsáveis pelos exames laboratoriais.

Jordélia está presa desde o dia 17 de abril na Unidade Prisional Feminina de São Luís. Ela responde por duplo homicídio e tentativa de homicídio qualificado, e, segundo as investigações, teria cometido o crime por vingança.

As vítimas, Evely Fernanda, de 13 anos, e Luiz Fernando, de 7 anos, morreram após ingerirem os chocolates contaminados. A mãe, Miriam, foi hospitalizada em estado grave, mas sobreviveu.

Para a família das vítimas, a audiência representa um avanço no caminho por justiça. “A Justiça está colaborando para que a condenação ocorra o mais rápido possível. O que ela fez precisa ser punido; foi um caso revoltante para nós e para todos que conhecem a nossa família”, afirmou Lemuel Lira, tio das crianças.

O caso continua em andamento e aguarda novas decisões judiciais nas próximas semanas.

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