Alívio

Abastecimento de água é retomado em Imperatriz após análise da qualidade do rio Tocantins

A suspensão da captação de água no rio Tocantins, causada pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, afetou cerca de 70% da população de Imperatriz.

Imirante.com

Atualizada em 24/12/2024 às 18h09
Abastecimento de água é retomado em Imperatriz. (Foto: Divulgação)
Abastecimento de água é retomado em Imperatriz. (Foto: Divulgação)

IMPERATRIZ - A captação de água do rio Tocantins para abastecimento em Imperatriz foi retomada nesta terça-feira (24), após a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitir um parecer técnico que confirma a ausência de risco de contaminação. A medida foi tomada após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no domingo (22), entre Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, quando caminhões transportando pesticidas e ácido sulfúrico caíram no rio.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSD), anunciou a decisão nas redes sociais, destacando que a medida foi possível graças às análises realizadas pelas autoridades ambientais estaduais e federais. 

“Com isso, informo que a captação da água para abastecimento de Imperatriz será retomada imediatamente. Outras análises seguem sendo realizadas para garantir a segurança integral de todos”, afirmou Brandão.

Post do governador Carlos Brandão no X. (Foto: Reprodução / X)
Post do governador Carlos Brandão no X. (Foto: Reprodução / X)

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) também confirmou a retomada dos sistemas de captação, produção e tratamento de água. De acordo com a Caema, o abastecimento será normalizado gradualmente, à medida que a pressurização das redes seja recuperada.

A suspensão da captação de água no rio Tocantins, causada pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, afetou cerca de 70% da população de Imperatriz. Essa parcela da cidade é abastecida pela Estação de tratamento de água de Imperatriz, enquanto os outros 30% recebem água de 49 poços artesianos operados pela Caema.

Parecer da ANA

Segundo o parecer da ANA, simulações de diluição dos pesticidas acidentados indicaram que os princípios ativos potencialmente lançados no rio, como Picloram e 2,4D, se diluem rapidamente, alcançando concentrações inferiores ao limite permitido pela Portaria de Potabilidade do Ministério da Saúde em poucos minutos. Não foi constatada alteração no pH da água devido à possível liberação de ácido sulfúrico.

Segundo a ANA, ainda não há informação sobre o rompimento efetivo das embalagens dos defensivos agrícolas, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Equipes técnicas continuam monitorando a qualidade da água em um trecho de aproximadamente 135 km, entre a usina hidrelétrica de Estreito e Imperatriz. Amostras estão sendo analisadas por instituições como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Embrapa Meio Ambiente, em colaboração com o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Maranhão (Sema).

Caminhões com cargas corrosivas caíram no rio Tocantins no desabamento da ponte. (Foto: Divulgação / CBMMA)
Caminhões com cargas corrosivas caíram no rio Tocantins no desabamento da ponte. (Foto: Divulgação / CBMMA)

Na quinta-feira (26), será realizada uma reunião da Sala de Crise, organizada pela ANA, para avaliar os impactos do acidente. Participarão representantes de diversos órgãos ambientais e instituições responsáveis pela gestão de recursos hídricos e abastecimento.

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