IMPERATRIZ - O período chuvoso tem castigado cidades do Maranhão, e 63 municípios decretaram situação de emergência por causa das fortes chuvas. Imperatriz, segunda maior cidade do estado, também teve o registro de bairros alagados e famílias desabrigadas no mês de março, mas, com o recuo do nível do rio Tocantins e dos riachos que cortam a cidade, a situação mais crítica agora é vista na infraestrutura.

Apesar do desempenho de Imperatriz nos setores do comércio e da prestação de serviços, que garante à cidade o segundo maior PIB do Maranhão, os problemas de infraestrutura, com uma cobertura de apenas de 30% de rede coletora de esgoto e más condições viárias, atrasam o desenvolvimento da cidade.

Ruas e avenidas que servem ligação entre os bairros com maior fluxo de veículos estão completamente tomadas pelos buracos, a exemplo do bairro Vila Cafeteira. Na Avenida Liberdade, os moradores improvisaram até um boneco para chamar a atenção do poder público, já que a via é o acesso principal entre a BR-010 e Avenida Pedro Neiva de Santana para os moradores dos bairros João Castelo, Vila Cafeteira e Parque Amazonas. Os veículos estão passando por uma calçada para evitar a buraqueira sinalizada com o boneco.

Desde maio de 2020, a Prefeitura de Imperatriz dispõe de uma usina de asfalto, com capacidade para produzir 80 toneladas de massa asfáltica, mas o recapeamento e tapa-buracos nas ruas e avenidas têm sido insuficiente ou inexistente, deixando muitos pontos quase interditados pelos buracos e crateras, que se enchem de lama com as chuvas.

No bairro Vila Nova, é fácil encontrar pontos com entulhos na tentativa de melhorar a trafegabilidade e outros que foram interditados pelos moradores, também como forma de protesto. 

Outra avenida importante, a São Sebastião, no bairro Vila Nova, tem um trecho tomado pela lama, que se estende de um lado ao outro da via e esconde a profundidade dos buracos.

Na Avenida JK, que liga a região do bairro Santa Rita à BR-010, uma sequência de buracos evidencia uma medida que vem sendo tomada pela Secretaria e Infraestrutura, mas não resolve o problema. Pedras são colocadas nos buracos, enquanto os moradores esperam o recapeamento.

A situação é registrada praticamente em todos os bairros: nem o Centro e áreas do entorno, como o bairro Juçara, que tem grande movimentação pela localização comercial, escapam da buraqueira. O problema é visto na periferia e bairros considerados nobres.

Em março, a Câmara Municipal de Imperatriz foi sede provisória para realização da primeira Sessão Itinerante da ALEMA, onde os deputados estaduais aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei nº 55/2023. Sancionada pelo governador Carlos Brandão, a Lei 11.904/2023 reconhece a grandeza e importância da cidade de Imperatriz para toda região e estado, que a partir de agora passa a ser a segunda capital do estado do Maranhão. A Prefeitura de Imperatriz aguarda emendas parlamentares para ampliar os serviços de infraestrutura nas ruas da cidade.

Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (SINFRA) informou que 10 equipes estão trabalhando diariamente com o serviço de recuperação da malha asfáltica e outras cinco equipes estão na manutenção das drenagens afetadas por conta do intenso período chuvoso. Há também os serviços de limpeza e desobstrução dos riachos, com mais de 20 equipes na operação. 

“A execução desses serviços, para diminuir os trechos danificados na infraestrutura da cidade, será ampliada com a chegada das emendas de parlamentares e suporte do governo do Estado - 50 km - prometidos na visita do governador”, diz a nota.

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