IMPERATRIZ - O número de registros de estupro de vulnerável tem crescido de forma assustadora. Metade das vítimas de estupro no Brasil são crianças, é o que diz o atlas da violência deste ano.
Em Imperatriz, de janeiro até julho deste ano, foram 208 denúncias desse tipo de crime, 50 a mais do que o mesmo período do ano passado, quando foram 158 casos. De acordo com os dados, durante todo o ano de 2017 foram realizados 330 atendimentos.
Só nesse fim de semana, na segunda maior cidade do Estado, foram dois casos registrados. O primeiro caso aconteceu no conjunto habitacional Sebastião Régis. Paulo Mendes Campelo, 50 anos, foi preso depois que sua companheira descobriu no celular dele vídeos de abuso contra a enteada, uma criança de apenas nove anos.
Os abusos vinham ocorrendo há quase um ano e, sob ameaças, a criança tinha receio de falar sobre o assunto. Ainda nesse fim de semana, foi preso, também, o idoso Antenor Pereira de Sousa, 66 anos. Ele é suspeito de violentar sexualmente um menino de quatro anos. Os casos estão sendo investigados pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente.
Os números mostram, ainda, que a maioria das vítimas tem um grau de parentesco com o agressor, fator que dificulta na hora de as denúncias serem feitas. Os números também revelam que só este ano, 28 inquéritos foram instaurados. Desse total, 17 inquéritos estão relacionados a estupro de vulnerável.
O disque 100 é a principal fonte de denúncias da delegacia especializada. Mas os casos também podem ser denunciados por meio do Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Ministério Público e Vara da Infância e da Juventude.
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